São Paulo – Os bordados da empresária Ethel Whitehurst fazem sucesso no exterior muito antes da abertura da sua Yamor de Ethel, em Fortaleza, Ceará, em 1982. Isso porque uma cliente dos tempos de costura em casa já tinha levado as blusas femininas que ela fazia para vender nos Estados Unidos. Num processo de internacionalização das rendas cearenses que, até hoje, só cresce. Nesse sentido, a conquista do mercado árabe é um dos principais objetivos daqui por diante.
A Yamor de Ethel produz e vende, em uma loja na Rua Monsenhor Tabosa, na praia de Iracema, Fortaleza, enxovais de berço, moda infantil e itens de cama, mesa e banho. Até o final do ano, será retomada a confecção de blusas para mulheres. "Fazemos um trabalho delicado e romântico, com renda bilro, bordado richelieu e labirinto, entre outros", explica Ethel.
O cuidado com as peças fez com que a marca chegasse a países como os Estados Unidos, França, Itália, Panamá e Uruguai. “Exportamos 20% da nossa produção”, afirma ela. E com direito à elaboração de acordo com as características de cada mercado. “Para a França, por exemplo, tem que ser tudo clean”, diz. “Para o Panamá, trabalhamos acabamentos como a colocação de pérolas e de um brilho aqui e ali”, conta Ethel. “Sabemos que entre os clientes árabes a preferência é por mais detalhes assim também”.
Falando em árabes, a empresária tem “todo o interesse” em vender para esses países. “Uma amiga dessa origem, aqui de Fortaleza, quer me ajudar nesse sentido”, conta. “Isso sem falar nos compradores de São Paulo com essa ascendência”, afirma Ethel.
Os itens que a Yamor de Ethel mais vende lá fora são os vestidos de batizado e os enxovais de berço. “Entre os vestidos de batizado, fazem sucesso exatamente aqueles modelos mais antiguinhos, bem retrô”, conta.
De acordo com a empreendedora, o segredo do sucesso dentro e fora do país está justamente aí: prestar atenção naquilo que mais agrada. “Quando comecei, há mais de 30 anos, não tinha Sebrae nem consultores para me orientar”, conta Ethel. “Simplesmente segui o mercado, fui atendendo o que os clientes pediam, observando”, diz. “Foi assim que cresci”. Isso sem falar no cuidado com as peças. “O padrão é o mesmo para o que fica no Brasil e o que vai para o exterior”, afirma. “Alguns artigos levam até 60 dias para ficar prontos, mas o nosso trabalho é reconhecido”, diz a bordadeira de fino trato, empenhada em fazer com que esse reconhecimento cresça ainda mais nos próximos anos.
Contato:
Yamor de Ethel
Telefones: +55 (85) 3223-0361/3219-2492
http://www.ethelwhitehurst.com.br/index.htm