São Paulo – Enigmas, curiosidades históricas, ensinamentos da religião islâmica, guerra, memórias de família. O mundo árabe está representado sob os mais diversos pontos de vista na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, aberta nesta quinta-feira (12) para profissionais do setor e jornalistas no Anhembi, na capital paulista. O evento abre para o público em geral nesta sexta (13) e segue até 22 de agosto, sempre das 10h às 22h. Ao todo, a mais importante feira de livros do Brasil reúne 350 expositores, 900 selos editoriais e 220 mil títulos distintos, além de promover 4,2 mil lançamentos. Entre esses, não faltam opções para os interessados em conhecer melhor a cultura das Arábias.
Com um stand na Bienal, a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras) espera distribuir, gratuitamente, 70 mil livros até o final do evento. A iniciativa faz parte do projeto “Conheça o Islam”, que tem por objetivo divulgar a religião muçulmana no país. Entre os títulos a serem entregues ao público estão Um Breve Guia Ilustrado para Compreender o Islã, A Mulher no Islam e A Busca por Paz Interior.
“Queremos divulgar a religião islâmica entre muçulmanos e não muçulmanos, desfazer a imagem negativa que muitos fazem de nós”, explicou o sheik Khaled Taky El Din. “Somos trabalhadores, levamos uma vida normal e acreditamos num Deus único, como fazem pessoas de outras religiões”, disse. Além da ação na Bienal, a Fambras pretende distribuir cerca de dois milhões de livros no Brasil em 2011.
Da religião para a história, os leitores mais curiosos vão se divertir com títulos como Grandes Enigmas da Humanidade, da editora Larousse, e Volta ao Mundo em 80 Mitos, escrito por Rosana Rios e publicado pela Artes e Ofícios. O primeiro deles traz respostas para 150 perguntas curiosas da história da humanidade. No que se refere ao mundo árabe, há questões como “Como era o farol de Alexandria?” ou “O que continha a Grande Biblioteca de Alexandria?”, entre outras.
Já em Volta ao Mundo em 80 Mitos, são citados mitos de diferentes regiões, explicando como eles estão relacionados com a formação dos povos.
Sobre o Líbano, destaque para Beirute, Eu Te Amo, de Zena El Khalil, com edição da Martins Fontes. A obra conta a história de uma mulher encantada pela capital libanesa, mesmo quando essa virou cenário de grandes conflitos. Na trama, a protagonista Zena e sua amiga Maya tentam encontrar um sentido para as suas vidas.
Também sobre sentido para a vida, Primos – Histórias da Herança Árabe e Judaica, organizado por Adriana Armony e Tatiana Salem Levy e publicado pela Record, traz contos de 20 autores de ascendência árabe e judaica, num caldeirão de memórias capaz de agradar e emocionar até quem não está vinculado a nenhum dos dois grupos.
Fechando a estante árabe da Bienal, o romance Que venha a tempestade, o segundo escrito por Paul Bowles, já publicado anteriormente por outras editoras, é lançado agora pela Alfaguara. O título conta a história de Nelson Dyar, que sai dos Estados Unidos para o Marrocos para trabalhar numa agência de viagens. Com a mudança, Nelson se vê diante de uma realidade que não imaginava encontrar. Uma espécie de surpresa como aquela que os bons livros proporcionam aos seus leitores.
Serviço
21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi – Avenida Olavo Fontoura 1209, Anhembi Parque, Santana, São Paulo – SP
Período: De 12 a 22 de agosto
Horário: Das 10h às 22h. No dia 22, o horário será das 10h às 20h
Ingressos: R$ 10 (R$ 5 para estudantes)
Mais informações: www.bienaldolivrosp.com.br