São Paulo – Falando sobre transição energética, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta quarta-feira (05) que só há uma certeza para as empresas estatais e para os estados nacionais: “Nós estamos numa transição onde provavelmente essas empresas e esses estados produtores de petróleo, com suas empresas nacionais, serão as últimas entidades a produzir petróleo e gás e por isso eles têm a responsabilidade de fazer isso de forma mais descarbonizada possível, mais sustentável possível e mais desenvolvida do ponto de vista da inteligência artificial, da robótica, da automação”. Ele falou no 8º Seminário da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Prates divulgou um vídeo no seu Twitter, no qual contou sobre o conteúdo que apresentou no seminário Rumo a uma Transição Energética Sustentável e Inclusiva, na Áustria, em que ele participou de uma mesa de debates. “Muito produtiva, muito importante a nossa presença aqui representando a Petrobras – o Brasil, por que não dizer – nesse cenário de produtores de petróleo preocupados e já realizando sua transição energética”, disse Prates no vídeo.
De acordo com ele, desenvolver e dominar tecnologia, além de “fazer a transição em pleno voo”, é fundamental para as empresas de petróleo nesse período, na qual as companhias do setor também precisarão de apoio dos estados. “O apoio dos estados nacionais foi claramente um tópico importante aqui como sendo algo essencial para a transição energética dessas empresas”, falou Prates no Twitter.
O presidente da Petrobras também falou que a empresa quer parcerias. “Nós colocamos claramente a disponibilidade da Petrobras e também do governo brasileiro de fazer alianças estratégicas nesse sentido e, no caso da Petrobras, mais do que isso, parcerias empresariais estratégicas, tecnológicas e de oportunidade de negócios, especialmente no Brasil, com investimento direto no Brasil em conjunto com a Petrobras, também na área de desenvolvimento de tecnologia e inovação, inteligência artificial e automação”, falou.
Prates disse a necessidade da transição energética se dar do ponto de vista social, de forma inclusiva, também foi assunto no seminário da Opep. “Não deixando não só trabalhadores e trabalhadoras para trás, como consumidores e consumidoras também para trás, que é a questão da pobreza energética, que também foi endereçada aqui na reunião da Opep”, disse Prates.
Na foto de abertura, Prates em coletiva de imprensa no Brasil em maio/2023.