Brasília – Os estrangeiros investiram menos em títulos públicos brasileiros em março, de acordo com o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal, divulgado nesta sexta-feira (27) pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda.
O relatório mostrou que a participação dos investidores não-residentes passou de 12,39% em fevereiro para 11,84% em março. Em valores nominais, esse investimento passou de R$ 428,32 bilhões em fevereiro para R$ 415,17 bilhões em março.
A participação dos estrangeiros já foi maior. Em 2014, a participação deles era 18,6%, em 2015 subiu para 18,8%, em 2016 caiu para 14,3% e em 2017 fechou em 12,1%.
Na avaliação da coordenadora de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Márcia Tapajós, as quedas na participação desses investidores está relacionada à Selic, taxa básica de juros da economia, atualmente no seu menor patamar histórico, em 6,5% ao ano. Isso reduz parte dos juros pagos pelo Tesouro aos investidores, tornando o negócio menos atrativo.
Títulos públicos são papéis emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida pública. Em troca de emprestar dinheiro para o governo, os investidores recebem determinada rentabilidade, que varia de acordo com o título contratado.
