São Paulo – A partir desta sexta-feira (25), investidores estrangeiros poderão ter uma participação maior no Banco do Brasil (BB). Um decreto da presidente Dilma Rousseff publicado no Diário Oficial da União dá a possibilidade aos estrangeiros de terem até 30% do capital do banco. Até a quinta-feira (24), investidores do exterior não podiam ter mais de 20% das ações.
Os estrangeiros estão aumentando sua presença no capital da instituição financeira. De acordo com as informações disponíveis no site de Relações com Investidores do Banco do Brasil, o capital estrangeiro somava 17,5% de participação na instituição em junho de 2012. Esse percentual subiu para 18,5% em dezembro do ano passado, para 19,1% em março deste ano e para 19,4% em junho.
O principal acionista do Banco do Brasil é a União, que detém 58,3% das ações. A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) é dona de 10,4%, a unidade de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDESPar) tem 0,2% das ações, há outros 0,9% em tesouraria e 30,2% estão nas mãos do mercado, ou seja, de investidores estrangeiros, pessoas físicas e jurídicas.
O decreto presidencial afirma que o aumento do capital estrangeiro no Banco do Brasil “é do interesse do governo brasileiro”. Desde 2009, a instituição está ampliando a quantidade de ações disponíveis a estrangeiros no capital do BB. Naquele ano, o percentual máximo permitido era de 12,%. Foi ampliado para 20% e agora, para 30%.
À agência de notícias Reuters,o vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do Banco do Brasil, Ivan Monteiro, afirmou que a instituição pediu para o governo aumentar a presença estrangeira devido às mudanças no cálculo do índice Bovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo. O Banco do Brasil acredita que as alterações no cálculo do índice irão aumentar a procura por ações da instituição.
Nesta sexta-feira, as ações do Banco do Brasil acumulavam alta. Às 13h19, eram cotadas a R$ 28,70, com valorização de 1,27%.


