São Paulo – Na mais recente avaliação da economia da Mauritânia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deverá encerrar o ano em alta de 4,6% em relação a 2023, em desaceleração em comparação com anos anteriores, o que deverá se manter em 2025 e em 2026. Mesmo com expansão menor devido à redução na atividade extrativa, a Mauritânia tem demonstrado resiliência. Sua economia está, contudo, sujeita a “eventos climáticos extremos” e instabilidades regionais, afirmou o FMI na quarta-feira (18).
O fundo recomenda que o país árabe continue com sua política fiscal “prudente”, com simplificação de regras fiscais. Se isso ocorrer, será possível investir mais em infraestrutura e ampliar os gastos sociais, ao mesmo tempo em que é mantida a sustentabilidade da dívida. Em decorrência dessa avaliação da economia, o fundo liberou novas parcelas de dois programas de apoio financeiro estimadas em US$ 47,4 milhões.
Diretor adjunto e presidente interino do FMI, Kenji Okamura afirmou, em comunicado, que a inflação permanece “contida” e que as autoridades estão comprometidas em aprimorar as estruturas políticas, fortalecer a resiliência da economia, acelerar o crescimento inclusivo e mitigar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
“A implementação decisiva de reformas estruturais é essencial para dar suporte a um crescimento mais alto, mais inclusivo e diversificado, liderado pelo setor privado. As prioridades incluem o fortalecimento da governança e da transparência, a promoção do desenvolvimento e da inclusão do setor financeiro e a implementação do plano de ação de governança para melhorar o ambiente de negócios”, afirmou Okamura no comunicado.
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