Dubai – O antigo e o moderno se encontram neste pavilhão árabe que combina experiências tecnológicas com a arquitetura que homenageia o tradicional barco dhow, símbolo do Catar. Construído em apenas cinco meses, o pavilhão do país do Golfo está localizado no distrito Sustentabilidade na Expo 2020 Dubai, e conta com uma área construída de cerca de 620 metros quadrados.
Seu design faz uma interpretação moderna dos quatro elementos apresentados no brasão do país, com duas espadas cruzadas e curvas, englobando o barco típico do país, o dhow, e uma ilha com duas palmeiras no centro.
As formas expressivas do pavilhão traduzem elementos culturais do país em movimento, mobilidade, força e tradição. O pavilhão simboliza o espírito inovador do país e sua visão do futuro, se mantendo fiel à sua cultura e história.
A cor branca que toma o ambiente, além de estar presente na bandeira, simboliza a paz. As formas curvas no teto se relacionam com as velas do barco dhow, que era utilizado para a coleta de pérolas, pesca e transporte de produtos.
A área interna traz ambientes minimalistas. A primeira galeria, uma sala ampla e branca com alto pé direito, uma tela digital mostra os estádios da Copa do Mundo que acontece no ano que vem, entre outras imagens. Outras quatro telas na parede oposta mostram o mapa do país, a primeira ferramenta de navegação do mundo, uma bússola antiga criada no Catar, além de imagens ligadas à educação, com as diversas escolas e universidades do Catar, e imagens ligadas ao meio ambiente, à sustentabilidade e às artes.
Totens espelhados na segunda sala mostram vídeos do passado, presente e futuro do país. As que mais chamam a atenção são imagens de Copas do Mundo passadas, inclusive com imagens de jogadores brasileiros como Ronaldo com o troféu da Copa de 2002. Há também vídeos sobre a Copa do Mundo do Catar, que se realizará em novembro do ano que vem, e sobre a Expo Internacional Horticultural em Doha, que acontecerá no país com o tema “Green Desert, Better Environment”, entre outros vídeos da cultura do país.
Para receber autoridades, há um majlis, uma sala típica árabe em uma área que os visitantes não têm acesso. Esta reportagem pôde entrar e tomar um karak com o diretor do pavilhão do Catar, Mohamed Saeed Al-Bloshi. O karak é um chá preto com leite e cardamomo, muito tradicional no Catar. Al-Bloshi contou que a bebida se tornou tradição no país com a chegada de trabalhadores indianos e paquistaneses, que a trouxeram por volta dos anos 1950. Também é conhecido como masala chai e pode conter outras especiarias.
O diretor do pavilhão informou também que o premiado arquiteto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava assina o projeto do pavilhão do Catar, e que por enquanto, vem recebendo cerca de três mil visitantes por dia, sendo cerca de 400 pessoas pela manhã e 2.500 à tarde e à noite. Ele explicou que de manhã o movimento é menor por causa do calor, e que visitam principalmente estudantes em excursão escolar.
O pavilhão conta uma história que liga o patrimônio histórico do Catar à sua visão do futuro, e reflete as belezas e a cultura do país e de seu povo. Uma atmosfera imersiva com cores, citações, música e projeções visuais faz com que o visitante mergulhe na cultura catari.