Cairo – As exportações de alimentos do Egito cresceram 14% de janeiro a setembro deste ano, atingindo o recorde de US$ 3,9 bilhões. No mesmo período do ano passado, as vendas externas do segmento renderam US$ 3,4 bilhões, de acordo com dados do Conselho de Exportação das Indústrias de Alimentos do Egito.
O presidente do conselho, o engenheiro Hani Berzi, disse que as indústrias de alimentos compõem um dos setores exportadores mais importantes no Egito, ocupando o terceiro lugar nas vendas externas não petrolíferas do país. Espera-se que os embarques de alimentos atinjam US$ 5,1 bilhões neste ano, número que o Egito planejava atingir no ano passado, mas que as condições e desafios econômicos não permitiram.
Durante um workshop sobre o Programa de Reembolso de Encargos de Exportação (foto acima), o conselho analisou o plano de trabalho para o próximo ano e as realizações durante os nove primeiros meses de 2023.
A CEO do Fundo Egípcio para o Desenvolvimento das Exportações, Amani Al-Wesal, disse que as alocações para o reembolso dos encargos de exportação para o presente ano fiscal totalizam 28 bilhões de libras egípcias (US$ 904,8 milhões pela conversão atual). Do total, doze bilhões de libras (US$ 387,7 milhões) já foram desembolsadas e estudos estão sendo realizados, em coordenação com o Ministério das Finanças do país, para definir uma data para o lançamento de uma nova iniciativa para reembolsar os encargos para os exportadores egípcios.
A diretora-executiva do conselho, May Khairy, disse que o Egito é o maior produtor e exportador de alimentos do mundo árabe, o segundo do Oriente Médio, depois da Turquia, e o segundo da África, depois da África do Sul. Ela destacou que o setor está alcançando taxas de crescimento muito satisfatórias diante dos desafios que as economias global e local estão atravessando.
O vice-diretor executivo do conselho, Tamim El-Dawy, explicou que a crise da pandemia de covid-19 e a guerra russo-ucraniana geraram maior interesse mundial pelo abastecimento de alimentos. De fato, muitos países começaram a diversificar suas fontes de fornecimento na área, o que é uma oportunidade promissora para a indústria do Egito.
Ele acrescentou que as exportações do setor apresentaram desempenhos diversos segundo os seus destinos e que alguns países alcançaram grandes taxas de crescimento na importação de alimentos do Egito. No ranking dos países com maior avanço estão o Sudão, para onde as exportações aumentaram 169%, atingindo US$ 393 milhões, o Brasil, com alta de 200% para US$ 45 milhões, e a Palestina, para onde as exportações cresceram 34%, atingindo US$ 198 milhões.
Heba Suhail, responsável pelo setor de exposições do conselho, analisou o mapa de participação em exposições internacionais programado para o próximo ano. Ela relatou que o conselho realizou uma pesquisa de opinião com as empresas associadas para identificar exposições que poderiam proporcionar uma oportunidade de exportação para as empresas egípcias. As principais citadas foram a Apas Show, que será realizada no Brasil em maio de 2024, a Foodex Japão, a Saudi Food, organizada pela Gulfood Exhibition Management, a SIAL da China, da WorldFood Istanbul, da Turquia, e da WorldFood Moscow, da Rússia.
Traduzido do árabe por Georgette Merkhan