São Paulo – As exportações brasileiras de café chegaram a 2,1 milhões de sacas no mês de agosto, o que gerou receita de US$ 354 milhões. O valor significa crescimento de 18,6% sobre a receita obtida no mesmo mês do ano passado, segundo informações do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Entre os meses de janeiro e agosto, o Brasil vendeu no exterior 17 milhões de sacas do produto e teve receita de US$ 2,7 bilhões com as operações. Houve aumento de 14,2% no volume exportado e queda de 6% no volume. Em 2007, a receita alcançou US$ 2,4 bilhões.
De acordo com o diretor geral do Cecafé, Guilherme Braga, os preços mantém a tendência de aumentos graduais e continuados, dos últimos anos, e refletem a relação entre a oferta e a demanda do produto. Os quatro primeiros importadores do café brasileiro continuam sendo Alemanha, Estados Unidos, Itália e Bélgica.
No acumulado de janeiro a agosto, o destaque nas exportações foi novamente o café robusta/conillon. As vendas externas deste tipo de café cresceram 68,1%. Foram exportadas 771,8 mil sacas nestes meses de 2007 e 1,2 milhão de sacas até agosto deste ano.
De acordo com Braga, o aumento das exportações do robusta/conillon está ocorrendo em função de que o Vietnã, maior produtor mundial desse tipo de café, adotou medidas de controle de oferta, o que elevou os preços mundiais da variedade e deixou o conillon brasileiro mais competitivo.

