São Paulo – O Brasil exportou 3,4 milhões de sacas de 60 quilos de café em agosto, um aumento de 30,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. É o maior volume mensal registrado desde outubro de 2015.
Os embarques renderam US$ 470,65 milhões, um crescimento de 10% na mesma comparação. Houve queda no preço médio do produto. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
O café arábica respondeu por 74,5% das exportações, o robusta, por 15,8% e o solúvel, por 9,6%. O Cecafé destacou que as vendas externas de robusta, ou conilon, avançaram 1.693% sobre agosto de 2017. “Os números reforçam a grande recuperação da variedade, que havia sido prejudicada pela forte estiagem ocorrida no Espírito Santo em 2015/16”, disse a entidade em comunicado.
“Os resultados das exportações do café brasileiro no mês de agosto apresentaram, conforme prevíamos, um crescimento muito significativo, registrando um dos maiores volumes mensais dos últimos dois anos. Com a boa safra e a colheita praticamente encerrada, os números confirmam o ótimo desempenho do café arábica, bem como a forte recuperação do café conilon”, afirmou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, segundo o comunicado.
Acumulado
No acumulado de janeiro a agosto, foram embarcadas 20,5 milhões de sacas, um aumento de 4,5% sobre o mesmo período do ano passado. As exportações renderam US$ 3,1 bilhões, um recuo de 7,5% na mesma comparação.
Para os países árabes, o Brasil exportou 781.027 sacas de janeiro a agosto, um recuo de 2% em relação aos oito primeiros meses de 2017. A receita registrada foi de US$ 117 milhões, uma queda de 13,3%.
Estados Unidos, Alemanha, Itália, Japão, Bélgica, Reino Unido, Turquia, Rússia, Canadá e França, nesta ordem, são os principais importadores de café do Brasil.