Da redação
São Paulo – O Brasil exportou em outubro deste ano o equivalente a US$ 64,872 milhões em carne suína. Segundo divulgou a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), trata-se do melhor resultado mensal da história em termos de receitas e representa um aumento de 19,7% em relação ao mesmo mês de 2002.
Foram embarcadas no mês 49.701 toneladas do produto, o segundo melhor desempenho do ano, de acordo com a Abipecs. No entanto, a quantidade exportada ficou 14,5% abaixo do registrado em outubro do ano passado.
O paradoxo entre o crescimento das receitas e a queda nas quantidades vendidas explica-se pelo aumento no preço médio da carne suína no mercado internacional. Segundo a associação, o valor médio em outubro (US$ 1.305 a tonelada) foi o maior registrado nos últimos dois anos, representando um aumento de 40% em comparação ao mesmo mês de 2002.
Sempre de acordo com a Abipecs, no acumulado do ano (janeiro a outubro), já foram embaraçadas 418.491 toneladas, equivalentes a US$ 451.447 milhões. Em relação ao mesmo período do ano passado houve um aumento de 7,2% na quantidade exportada e de 11,93% nas receitas. O preço médio da tonelada no ano até agora ficou em US$ 1.079, 4,5% a mais do que o registrado entre janeiro o outubro de 2002.
O principal comprador da carne suína brasileira é a Rússia, com 271.104 toneladas importadas este ano, no valor de US$ 297 milhões. No entanto, esse mercado está em queda, segundo a Abipecs, por causa do sistema de cotas instituído recentemente pelo governo russo. O volume exportado para lá até outubro foi 13,4% menor do que o registrado no mesmo período de 2002.
O segundo mercado em importância é o de Hong Kong com 48.384 toneladas compradas até outubro (US$ 47,18 milhões) e, em terceiro lugar, aparece a Argentina que importou 31.483 toneladas no acumulado do ano (US$ 34,54 milhões).
A Abipecs informou ainda que, como estratégia de diversificação das exportações, espera começar a exportar carne de porco para Cuba. De acordo com informações da associação, autoridades cubanas prevêem que o país vai importar cerca de US$ 80 milhões em carnes no próximo ano.