Da Agência Sebrae
Brasília – No primeiro quadrimestre do ano, o Brasil exportou US$ 10,15 milhões em flores e plantas ornamentais. O resultado representa crescimento de 9,64% em relação aos números do mesmo período de 2006. Os dados são do levantamento feito pelo engenheiro agrônomo Antônio Hélio Junqueira e pela economista Márcia Peetz, diretores da Hórtica Consultoria e Treinamento, de São Paulo.
De janeiro a abril, as importações também aumentaram, atingindo US$ 3,38 milhões. No entanto, a balança comercial da floricultura brasileira se manteve favorável, com saldo positivo de US$ 6,77 milhões neste período. “O que observamos foi a continuidade das importações sobre itens de propagação vegetal, destinados à própria manutenção ou crescimento da produção interna de flores e plantas ornamentais”, explica Antônio Hélio. Ele ressalta que os produtos importados diretamente para consumo tiveram participações modestas nesse resultado.
O setor de "Mudas e Plantas" manteve a sua histórica liderança na análise feita por segmentos exportados. No primeiro quadrimestre do ano, o grupo respondeu por 62,86% do total de vendas para o exterior, somando US$ 6,38 milhões. Os principais países de destino foram Holanda (38,29%), EUA (28,21%), Itália (16,63%), Bélgica (5,32%), Japão (5,14%), Espanha (2,08%) e Alemanha (1,80%), além de outros oito países.
"Neste segmento, o Brasil, além de destinar produtos para mercados tradicionais de consumo, está consolidando importante ingresso em novas áreas, como EUA, Bélgica, Argentina e especialmente Portugal", ressalta Antônio Hélio. Os principais estados exportadores de "Mudas e Plantas", neste período, foram São Paulo (81,56%), Rio Grande do Sul (16,55%), Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O grupo de "Flores e Botões Frescos para Buquês e Ornamentações" ocupou a segunda posição no ranking das exportações dos produtos da floricultura. Esse segmento recebe participação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) na capacitação técnica e gerencial de pequenos produtores. De janeiro a abril de 2007, a exportação de flores e botões frescos atingiu US$ 1,85 milhões, incluindo as rosas (US$ 224,21 mil) e crisântemos (US$ 2,22 mil), entre outras.
As rosas exportadas pelo Brasil originaram-se do Ceará (81,20%), de São Paulo (14,02%) e de Minas Gerais (4,77%). O Ceará exportou principalmente para Holanda (74,67%), Portugal (24,19%), além de Espanha e Canadá. Já as rosas de São Paulo foram direcionadas para Portugal (70,63%), EUA (14,02%), Chile (7,22%), Holanda (6,03%) e Rússia (2,10%). Minas exportou exclusivamente para Portugal.
As demais flores frescas de corte foram exportadas principalmente de São Paulo (US$ 1,02 milhão) e Ceará (US$ 519,94 mil), além de Minas Gerais, Alagoas e Pernambuco. Os principais destinos foram: EUA, Portugal, Canadá, Holanda, Chile, Peru, Reino Unido, Rússia, Alemanha, Suíça e Espanha.
O segmento "Bulbos, Tubérculos, Rizomas e Similares" ficou em terceiro lugar no ranking das exportações. O grupo somou US$ 1,10 milhão com a exportação dessas mercadorias. Esse número representa um crescimento de 64,90% sobre o mesmo período do ano anterior. O destino prioritário desse segmento continuou sendo a Holanda, com 90,94% de participação.
Os bulbos foram exportados de São Paulo (51,75%) e do Ceará (48,05%), além de pequena parcela do Espírito Santo. O destino principal foi Holanda. A diferença entre essas duas fontes de origem é quanto ao segundo destino. O Ceará tem como destino os EUA; e São Paulo fica com os mercados latino-americanos, especialmente Chile, México e Uruguai.