São Paulo – As exportações brasileiras de bens de capital mecânicos somaram quase US$ 4 bilhões no primeiro semestre, um aumento de 1,1% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (27) pela Associação Brasileiras das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Em quantidade, os embarques cresceram 10,4% na mesma comparação.
Em julho isoladamente, as vendas externas renderam US$ 695,56 milhões, um avanço de 2,3% sobre o mesmo mês de 2015. Em relação a maio de 2016, as exportações de junho ficaram estáveis.
A associação destacou o crescimento dos embarques de equipamentos para infraestrutura e indústria de base, e de máquinas para petróleo e energias renováveis. No último grupo, destaque para tubos usados em oleodutos, gasodutos e revestimento de poços.
Segundo a entidade, há dúvidas se esta tendência irá se manter com uma taxa de câmbio abaixo de R$ 3,40 por dólar. Na avaliação da Abimaq, a valorização do real frente à moeda norte-americana ao longo do primeiro semestre “anulou praticamente todos os ganhos de competitividade dos produtos nacionais” no exterior.
Os principais destinos das máquinas e equipamentos brasileiros foram América Latina, Europa, Estados Unidos e China. A Abimaq ressaltou, no entanto, que houve queda nas vendas para países latino-americanos, mas um aumento expressivo das exportações para o mercado chinês.
Na outra mão, as importações brasileiras de bens de capital somaram US$ 8,4 bilhões no primeiro semestre, um recuo de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em junho, porém, houve interrupção da tendência de queda e as compras externas subiram 44% sobre o mesmo mês de 2015, chegando a US$ 2,32 bilhões. Até maio, a média mensal das importações estava em US$ 1,2 bilhão, segundo a entidade.
O crescimento no mês passado ocorreu principalmente por causa das compras de máquinas para infraestrutura, para a indústria de base e para a indústria de transformação.