São Paulo – As exportações brasileiras de rochas naturais atingiram neste ano, até novembro, um valor recorde: US$ 1,35 bilhão, com expansão de 18,7% sobre o mesmo período do ano passado. De acordo com levantamento do período divulgado nesta quinta-feira (11) pela Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas), o desempenho mostra que o setor superou até o tarifaço imposto pelos Estados Unidos.
Mesmo com as taxas de até 50% sobre os produtos do setor, os Estados Unidos continuaram a ser o principal destino das rochas naturais brasileiras: para lá, foram exportados US$ 735,4 milhões até novembro, em alta de 15,7% na comparação com 2024. China e Itália, por sua vez, foram importantes destinos de blocos brutos de rochas, utilizados para beneficiamento local.
O comunicado do Centrorochas informa, ainda, que o setor obteve “avanços estratégicos” em seu projeto de internacionalização e que um dos principais eixos desta expansão foi o Oriente Médio. O motivo, informa a associação, são os investimentos em infraestrutura e os projetos arquitetônicos de alto padrão.
A instituição avalia que a demanda crescente dos países do Oriente Médio e uma nova rota marítima entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos ampliam a competitividade naquele mercado. O tempo de transporte de caiu de aproximadamente 90 para 30 dias.
Por este motivo, está avançando um estudo para a implantação de um hub na região para distribuição das rochas brasileiras. Neste ano, o Centrorochas assinou um memorando de entendimentos (MoU) com o porto de Abu Dhabi. A ideia é que este hub alcance diversos países do Oriente Médio.
No comunicado, o presidente do Centrorochas, Tales Machado, afirmou que o recorde deste ano é “uma conquista” de toda a cadeia produtiva. “Em um ano marcado por desafios, especialmente nos Estados Unidos, atuamos de forma intensa para mitigar os efeitos do tarifaço, avançamos na consolidação de novos mercados e ampliamos nossa atuação no Oriente Médio, região onde o Brasil ainda tem pouca representatividade direta, já que grande parte dos materiais chega por meio de países geograficamente mais próximos”, afirmou.
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