Da redação
São Paulo – Confirmando as análises e projeções do setor, realizadas ao longo dos últimos meses, o Brasil fechou o ano passado acumulando um crescimento de 30,2% sobre os valores exportados de flores e plantas ornamentais em 2002.
No agregado anual, somou-se um resultado global de exportações de US$ 19,4 milhões, consolidado a partir do excelente desempenho das vendas externas em dezembro de 2003. Neste mês, foram exportados US$ 1,96 milhão, resultado, volume 39,05% maior que o verificado no mês de dezembro do ano anterior.
Como já sinalizado durante todo o segundo semestre de 2003, a floricultura brasileira confirmou seu recorde histórico de participação no mercado internacional, com crescimento contínuo e sustentado.
O segmento de maior expressão continuou sendo, como nos anos anteriores, o das mudas de plantas ornamentais, com acumulado de vendas de US$ 9,65 milhões e crescimento de 18,10% sobre 2002. A Holanda permaneceu como o destino principal dessas mercadorias, absorvendo 49,25% das vendas externas nacionais.
A participação holandesa no mercado exportador brasileiro de mudas de plantas ornamentais foi crescente, tendo experimentado uma expansão de vendas da ordem de 26,3% sobre o ano de 2002. Destinos importantes também foram representados pela Itália (participação de 19,5%), EUA (8,6%), Japão (8,5%), Reino Unido e Dinamarca (4,1% cada um), além de outros 11 países.
Em 2003, o setor produtor-exportador de mudas de plantas ornamentais experimentou, além do caso holandês, notável expansão de vendas para os mercados dos EUA (90,5%), Dinamarca (29,3%) e Alemanha (28,2%). Obteve a recuperação de antigos compradores como os mercados canadense e argentino, além da conquista de novos clientes como a França, Colômbia, Chile e China.
O estado de São Paulo constituiu-se na principal origem de todas as mudas de plantas ornamentais exportadas pelo Brasil, respondendo por cerca de 79% do total dos valores recebidos no mercado internacional. O principal destino das mudas paulistas foi a Holanda (62,4%), seguida pelos EUA (10,8%), Japão (10,7%), Reino Unido (5,2%), Dinamarca (5,1%) e outros cinco países.
Minas Gerais ocupou a segunda posição, respondendo por 2,3% das exportações do setor. Os produtos mineiros foram embarcados quase que exclusivamente para a Alemanha (98,8%). As exportações dos estados do Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, embora presentes, foram muito pouco expressivas ( inferior a 1% do total, cada estado).
O segundo item em importância econômica na pauta do comércio internacional de flores e plantas ornamentais do Brasil foi o dos bulbos, tubérculos, rizomas e outros materiais de propagação em repouso vegetativo. Ao longo de 2003, o segmento acumulou vendas de US$ 4,6 milhões, que representaram uma expansão de 16% sobre os resultados do ano anterior.
Neste caso, os principais destinos dos produtos brasileiros foram a Holanda, com 88,2% do total das exportações, seguida dos EUA (7,3%), México (3,2%) e outros. O crescimento do mercado holandês para os bulbos nacionais, em 2003, foi da ordem de 15,2%, enquanto que o mercado norte-americano cresceu 66,5% e o chileno, 94%.
Participaram das exportações o estado de São Paulo, com 97,5% do total das vendas externas, seguido do Ceará que, em 2003, após o início das atividades da empresa paulista Terra Viva, nas serras daquele estado, chegou a acumular vendas globais de US$ 115 mil no setor de bulbos e rizomas. Os destinos do produto nordestino são: Holanda ( 93,4%) e EUA ( 6,6%).
As flores de corte brasileiras constituíram o grupo de produtos que conseguiu a melhor performance de crescimento das exportações no ano. Com resultados globais de vendas da ordem de US$ 2,6 milhões, o segmento expandiu-se em quase 116% sobre o ano de 2002.
Tal fato deveu-se, essencialmente, à notável penetração das flores de corte no mercado norte-americano, o qual saltou de um valor global de aquisições de US$ 633 mil, em 2002, para perto de US$ 1,9 milhão, em 2003.
Também contribuíram para os excelentes resultados do setor, as vendas para a Holanda (com crescimento de 250% sobre os resultados do ano anterior), além da recuperação do mercado argentino e a conquista de novos clientes como Canadá, Chile, Reino Unido e Suíça.

