Da redação
São Paulo – A Perdigão exportou no ano passado o equivalente a R$ 1,8 bilhão. Houve um aumento de 52,4% nas receitas cambiais em comparação com 2002, segundo dados divulgados ontem (02) pela assessoria de imprensa da companhia.
O resultado das vendas externas foi um dos principais fatores que possibilitou o crescimento de 30,8% no faturamento da empresa, que chegou a R$ 4,4 bilhões no ano passado, de acordo com a avaliação do vice-presidente financeiro da companhia, Wang Wei Chang.
Segundo o executivo, a Perdigão conquistou, em 2003, 20 novos mercados e 80 novos clientes no mercado externo. Os principais destinos dos produtos da empresa no ano passado foram a Europa, para onde as vendas cresceram 79,5% em comparação com 2002, o Oriente Médio (crescimento de 60,6%) e o Extremo Oriente (40%). O Oriente Médio é o maior mercado do frango brasileiro no exterior.
A assessoria de imprensa da companhia informou que o aumento dos embarques para o Extremo Oriente ocorreu devido ao crescimento das compras pelos japoneses. O Japão foi um dos países que suspendeu as importações de carne de frango de nações asiáticas produtoras por causa da ocorrência de influenza aviária (gripe do frango).
No mercado interno as vendas somaram R$ 2,5 bilhões, com um crescimento de 18,6% em relação a 2002. Embora o volume de carnes “in natura” tenha diminuído em 37% no ano passado, de acordo com assessoria da empresa, e os custos médios de produção tenham aumentado em 21%, a diretoria da Perdigão diz que “com a estratégia adotada pela empresa dando ênfase à rentabilidade em vez do aumento de volume, ao lado do aprimoramento dos canais de distribuição foi possível amenizar o aumento de custos e melhorar as margens”.
Feitas as contas, o lucro líquido da Perdigão ficou em R$ 123,5 milhões em 2003, um aumento de 1.401% em relação a 2002, quando o valor registrado foi de R$ 8,2 milhões.
A assessoria da empresa informou ainda que a Perdigão gerou no ano passado 3,8 mil empregos e terminou o ano com 28 mil funcionários.

