São Paulo – As exportações de café do Brasil aos países árabes subiram 10% no acumulado de janeiro a setembro deste ano, em relação ao mesmo período de 2017. No total, foram embarcadas 1.016.265 de sacas de 60 kg ao grupo de países, que renderam receita cambial de US$ 147,4 milhões, uma redução de 4,35% na mesma comparação. O volume representou 4% de participação nos embarques brasileiros totais. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
O dado representa recuperação nos embarques. Até o mês de agosto, o acumulado do ano para os países árabes estava em queda. Haviam sido 781.027 sacas de janeiro a agosto, um recuo de 2% em relação aos oito primeiros meses de 2017.
Entre os países árabes que mais importam o café brasileiro estão a Arábia Saudita, que recebeu 13.299 sacas em setembro, com uma receita cambial de US$ 2,22 milhões no mês; e os Emirados Árabes Unidos, para onde foram embarcadas 8.084 sacas de café, com receita cambial de US$1,2 milhão.
No total, em setembro, o Brasil exportou 3,02 milhões de sacas de café. O montante considera a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. Em volume, a exportação foi 24% superior a setembro de 2017, quando o país exportou 2,4 milhões de sacas. A receita cambial foi de US$ 410,3 milhões, em leve crescimento de 0,7% em relação a setembro do ano passado.
Já no acumulado de janeiro a setembro de 2018, o País registrou um total de 23,6 milhões de sacas exportadas, crescimento de 7,3% na comparação com igual período do ano passado. A receita cambial, neste caso, apresentou uma queda de 6%, alcançando US$ 3,5 bilhões. “Registramos um bom volume de exportação de café. Porém, calculamos que poderíamos ter embarcado de 10% a 15% a mais se não fossem os problemas de falta de containers e espaços nos navios”, aponta Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé, em nota divulgada pela instituição. Sobre o assunto, o Cecafé afirma que tem mantido contatos com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), buscando normalizar o fluxo da exportação de café do País.
O café da espécie arábica seguiu com crescimento no mês, com 14,9% na comparação com setembro de 2017, representando 81% do volume total de exportações (2,4 milhões de sacas). Já o café robusta apresentou crescimento de 1091,6% e atingiu a participação de 9,7% das exportações no mês (291,6 mil sacas). No acumulado até setembro, o robusta, também chamado de conilon, teve crescimento de 782,6%. Enquanto o solúvel se manteve estável, com participação de 9,3% (280,3 mil sacas).