São Paulo – O Brasil exportou 3,3 milhões de sacas de café no mês de abril, entre café verde, solúvel e torrado e moído, o que representa um aumento de 2,5% em relação ao volume exportado em abril de 2019. Em receita, os embarques totalizaram US$ 442,1 milhões, crescimento de 9% no mesmo comparativo. O preço médio da saca foi de US$ 132,02, alta de 6,4% na mesma comparação. Os dados são de relatório do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgado nesta terça-feira (12).
De janeiro a abril, o Brasil exportou 13,3 milhões de sacas de café, com destaque para o crescimento de 27,2% nas exportações de café robusta (equivalente a um milhão de sacas) na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita de exportações no período foi de US$ 1,8 bilhão e o preço médio, US$ 134,82 a saca, um aumento de 4,2% no mesmo comparativo.
Para os países árabes, o Brasil vendeu 475 mil sacas de 60 quilos a US$ 54,8 milhões entre janeiro e abril, quedas de 17,9% em volume e de 20,5% em receita, no comparativo com o primeiro quadrimestre de 2019.
O principal destino de café brasileiro segue sendo os Estados Unidos, que importaram 2,7 milhões de sacas no primeiro quadrimestre. A Alemanha importou 2,4 milhões e a Itália, 1,2 milhão de sacas. Na sequência, estão Bélgica, Japão, Rússia, Turquia, Espanha, Canadá e França.
Entre os continentes e blocos se destacaram as exportações para os países da África, que registraram aumento de 40,2% em volume, com 268,6 mil sacas.
Apesar do cenário atual de pandemia, o Brasil registrou crescimento nos embarques para os principais mercados compradores, Europa e Estados Unidos, que juntos representam 77,5% das exportações, e ampliou as vendas de café para cinco novos destinos: República Democrática do Congo, Macau, Maurício, Ruanda e Uganda.
“Os dados de exportação de café referentes a abril de 2020 foram uma surpresa positiva, trazendo um resultado de embarques superior ao esperado para o período. Historicamente, pela primeira vez os estoques foram praticamente exauridos durante a entressafra, marcando de forma inédita a passagem de um ano safra para o outro, quase sem estoques. (…) Isso comprova mais uma vez a eficiência da cadeia do agronegócio brasileiro e em especial do café. O Brasil ficou muito competitivo e mantém seus investimentos nas operações de forma sustentável. Toda a cadeia segue empenhada e se esforçando para que o café chegue ao consumidor com segurança e seguindo rigorosamente as orientações de cuidados e prevenção da OMS, Ministério da Saúde e entidades de saúde estaduais e municipais”, declarou em nota o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.