São Paulo – A indústria brasileira embarcou ao exterior 30,47 milhões de pares de calçados entre janeiro e março, que gerou US$ 250,12 milhões. Os números representaram queda de 2,7% em volume e de 3,4% em receita em relação ao mesmo período de 2017.
A Argentina, hoje, é o maior comprador de calçados brasileiros (US$ 39,14 milhões, alta de 9,8%), ganhando dos Estados Unidos pela primeira vez na história. Isso porque houve uma retração de 22,6% nas exportações para o país da América do Norte no primeiro trimestre, no comparativo com o mesmo período do ano passado, em dólares. Outros países que compraram menos calçados foram Emirados Árabes Unidos (-22,4%), Israel (-42,5%) e Bolívia (-22,2%).
Segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, a valorização do real sobre o dólar tem tido influência significativa nos embarques de calçados. “Com a tendência de o dólar cair a R$ 3, ou até mais durante o ano, teremos problemas significativos nas exportações”, projeta o executivo.
Klein ressaltou que no ano passado as exportações para os EUA já haviam caído 14% (tanto em pares como em valores). No primeiro trimestre deste ano, os norte-americanos compraram 2,8 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 37,13 milhões. O terceiro maior comprador do trimestre foi a França, com 2,76 milhões de pares por US$ 18,26 milhões, alta de 19,3%.
Os Emirados Árabes Unidos figuram em 19º lugar na lista dos vinte maiores mercados de calçados brasileiros e são o único país árabe contemplado no relatório. Os Emirados compraram no período 341,8 mil pares de calçados do Brasil por US$ 3,06 milhões.
