São Paulo – As exportações brasileiras de carne de frango para o Oriente Médio somaram US$ 1,4 bilhão nos oito primeiros meses do ano, o que representou um aumento de 66% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram embarcadas 756 mil toneladas do produto de janeiro a agosto, 17% a mais do que nos primeiros oito meses de 2007.
Segundo informações da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), o Oriente Médio continua sendo o principal destino das exportações brasileiras de carne de frango, seguido pela Ásia, que importou US$ 1,3 bilhão em receita e 632 mil toneladas em volume, um crescimento de 67% e 18%, respectivamente. O terceiro maior mercado brasileiro do produto foi a União Européia, com embarques de 364 mil toneladas e receita de US$ 991 milhões.
Além desses, o Brasil também exportou carne de frango para América do Sul (US$ 377 milhões em valor e 230 mil toneladas em volume); África (US$ 176 milhões e 166 mil toneladas); e por último a Rússia (US$ 238 milhões e 120 mil toneladas).
De janeiro a agosto, as vendas externas brasileiras do produto somaram US$ 4,8 bilhões, o que representou um aumento de 56% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram embarcadas 2,5 milhões de toneladas, um crescimento de 17% na comparação com o mesmo período de 2007.
De acordo com a Abef, o crescimento entre janeiro e agosto de 2008 ocorreu simultaneamente a uma acentuada redução da rentabilidade do setor, diante da valorização do real frente ao dólar e dos aumentos de custos de insumos avícolas como o milho.
Em função desse cenário, a entidade acredita que é necessária uma articulação entre setor privado e governo federal para finalizar o processo de abertura para novos mercados, como a China, e também para aproveitar oportunidades que se apresentam no fornecimento de carne de frango para a Rússia.
Em agosto, os embarques de carne de frango foram de 323 mil toneladas, com um aumento de 6% em relação ao mesmo mês de 2007, enquanto as receitas das exportações no mês totalizaram US$ 688 milhões, um crescimento de 45%.
Em termos de valores, de janeiro a agosto, os cortes de frangos foram as mercadorias mais exportadas (US$ 2,5 bilhões), seguidos dos frangos inteiros (US$ 1,5 bilhão), das carnes salgadas (US$ 421 milhões) e industrializados (US$ 346 milhões).

