Da redação
São Paulo- As exportações do agronegócio, o setor que mais cresce na economia brasileira, atingiram em outubro US$ 3,156 bilhões, representando um recorde histórico para meses de outubro e um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.
As importações totalizaram US$ 436 milhões, um aumento de 18,4% na comparação com outubro de 2002. Com isso, a balança comercial do agronegócio atingiu um superávit de US$ 2,720 bilhões, superando em 11% o saldo alcançado em outubro de 2002.
De acordo com a Secretaria de Produção e Comercialização (SPC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as exportações do setor entre novembro de 2002 a outubro de 2003 também atingiram recorde histórico para períodos de 12 meses, com US$ 29,594 bilhões.
O valor é 22% acima da receita alcançada no período de novembro de 2001 a outubro 2002, que foi de US$ 24,298 bilhões.
Em outubro, a participação dos produtos do agronegócio alcançou 41,7% do total arrecadado com as exportações totais brasileiras no mês – US$ 7,566 bilhões. O desempenho, segundo a SPC, deveu-se principalmente à performance positiva das exportações de soja e carnes, entre outros.
Complexo soja
Os valores exportados pelo complexo soja (óleo, farelo e grão) cresceram 11,7% em relação a outubro do ano anterior. As vendas de soja em grãos aumentaram 37,3% (de US$ 353 milhões para US$ 485 milhões), resultado de um aumento tanto nos preços (9,3%) quanto do volume exportado (25,6%).
As exportações de farelo de soja e óleo de soja em bruto apresentaram decréscimo de 10,9% e 4,1% respectivamente, em função do menor volume exportado.
As vendas externas de carnes no mês passado cresceram 30,4% na comparação com o mesmo período de 2002, passando de US$ 294,8 milhões para US$ 384,3 milhões, resultado principalmente do aumento de preços.
As exportações de carne bovina in natura cresceram 73% devido ao aumento de 33,7% no volume exportado e ao crescimento de 29,6% nos preços médios. As exportações de carne de frango in natura e de suíno apresentaram incrementos de 7,5% e 18,7% respectivamente.
Destaque também para o desempenho positivo, em termos de valor, para outros grupos de produtos, como algodão e fibras têxteis vegetais (+60,7%); frutas, hortaliças e preparações (+50,3%); cereais, farinhas e preparações (+58,4%); cacau e suas preparações (+44,7%); leite, lacticínios e ovos (+38,8%); pescados (+15,2%), e café, chá mate e especiarias (4,2%).