São Paulo – As exportações brasileiras do setor médico-hospitalar e odontológico somaram US$ 581 milhões no ano passado, o que representou um aumento de 10% em relação a 2007. Apesar do crescimento, as vendas externas ficaram cerca de US$ 20 milhões abaixo da expectativa da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo).
De acordo com o presidente da entidade, Franco Pallamolla, em matéria divulgada pela Abimo, as estimativas não foram superadas porque a cotação do dólar desfavoreceu o comércio exterior. A baixa cotação da moeda americana até o mês de setembro deixou as empresas, principalmente as pequenas e médias, menos competitivas em virtude da dificuldade de manter os preços. “O setor enfrentou ainda no último trimestre de 2008 a desaceleração da economia mundial. Com o anúncio da crise, o mercado freou algumas aquisições e postergou alguns investimentos”, lembrou Pallamolla.
Os principais destinos dos produtos do setor brasileiro foram Estados Unidos, Argentina e Venezuela, que juntos responderam por 40% das exportações. Já em relação aos segmentos mais embarcados foram os de Radiologia, com 30,8%, seguido pelo de Laboratório, com 27,3%, Materiais de Consumo, 10,7%, Implantes Médicos-Hospitalares, 4,3%, segundo dados do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi).
A área de Odontologia reduziu as exportações em 0,4%. Mesmo assim, o segmento encerrou 2008 com saldo positivo de US$ 38 milhões, com vendas de US$ 82 milhões e importações de US$ 44 milhões.
Para pulverizar os negócios em 2009, o setor se prepara para avançar ainda mais na Ásia e na África. Como tarefa de casa, as companhias terão de investir em inovação tecnológica e certificações. A ABIMO iniciará uma séria de ações para dar suporte às empresas; dentre elas a organização de um seminário sobre o mercado chinês. A Apex-Brasil também irá inaugurar um escritório na China. Com este trabalho, o setor espera atingir, pelo menos, US$ 600 milhões em exportações este ano.
Importações
As importações brasileiras do setor médico-hospitalar e odontológico renderam US$ 2,7 bilhões, o que representou um crescimento de 26% em relação a 2007. O saldo elevou o déficit comercial da balança para US$ 2,1 bilhões. Os maiores vendedores para o Brasil foram Estados Unidos, Alemanha, Japão e China.

