Alexandre Rocha
São Paulo – As exportações foram o fator que impediu a queda do faturamento da indústria de máquinas e equipamentos brasileira em 2003, segundo dados divulgados hoje pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
O faturamento do setor ficou praticamente estável na comparação com 2002, atingindo o total de R$ 39,4 bilhões em 2003, ante os R$ 34,2 bilhões registrados no ano anterior. Um pequeno aumento nominal que, no entanto, revela uma queda real de 9,6%, quando descontada a inflação.
Isso, de acordo com o presidente da Abimaq, Luiz Carlos Delben Leite, foi causado pela retração do mercado interno. As exportações, porém, registraram um aumento de 33,5% em 2003, na comparação com o ano anterior, passando de US$ 3,7 bilhões para US$ 4,9 bilhões.
Segundo a Abimaq, tal resultado garantiu ao setor a segunda colocação no ranking dos maiores exportadores brasileiros de produtos manufaturados, ficando atrás apenas da indústria automobilística. Entre os principais mercados, estão Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Reino Unido e México.
Delben Leite ressaltou principalmente o crescimento das vendas para a Argentina, da ordem 192,7%, para US$ 459 milhões. Ele também destacou o aumento "expressivo" das vendas para a Itália e a China.
O setor, porém, continua a registrar déficit na balança comercial: no ano passado, foi importado o equivalente a US$ 5,8 bilhões em máquinas e equipamentos. Houve, entretanto, uma queda nas compras de 6,4% ante 2002.

