Da redação*
São Paulo – A balança comercial brasileira já apresenta o efeito das últimas viagens realizadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As exportações para o Oriente Médio, região visitada por Lula no final do ano passado, por exemplo, aumentaram 50,3% em maio deste ano em relação ao mesmo período de 2003, acima do crescimento geral das vendas externas, que ficou em 24%.
"O presidente, nas suas visitas abre portas, abre ruas, avenidas que são ocupadas por empresários brasileiros e isso se transforma em resultado, em crescimento da economia e geração de empregos", disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, ao comentar o desempenho das exportações nacionais.
As vendas para os países árabes alcançaram US$ 1,136 bilhão de janeiro a abril, um aumento de 60,37% em relação ao mesmo período do ano passado. Na avaliação presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB), Paulo Atallah, as exportações para a região devem ficar em US$ 310 milhões no mês de maio, praticamente o dobro dos US$ 160 milhões registrados no mesmo mês de 2003.
No mundo árabe, Lula passou pelo Líbano, Síria, Emirados Árabes Unidos, Egito e Líbia.
O ministro citou ainda outros países, como África do Sul, Namíbia, Espanha e Portugal, para onde as exportações também tiveram desempenho significativo a partir das visitas do presidente brasileiro. Mas reforçou o crescimento das vendas para os países árabes.
"No caso da Síria, nós multiplicamos por oito as exportações e passamos de US$ 8 milhões para aproximadamente US$ 70 milhões (de janeiro a maio)", lembrou Furlan.
Superávit é histórico para o período
A balança comercial brasileira atingiu um superávit histórico nos primeiros cinco meses do ano. Foram US$ 11,2 bilhões de saldo positivo, com exportações de US$ 33,9 bilhões e importações de US$ 22,7 bilhões. O crescimento das vendas brasileiras, no período, foi de 24%.
O ministro Furlan disse que os números são uma prova do crescimento do país. De fato, o setor exportador é um dos que mais cresce no país. Nos últimos doze meses, o superávit comercial alcançou US$ 28 bilhões, com exportações de US$ 79,9 bilhões e importações de US$ 51,9 bilhões. O faturamento com exportações no mês de maio ficou em US$ 7,9 bilhões e o saldo positivo em US$ 3,1 bilhões.
Vendas de aviões quase dobram
Os produtos mais exportados em maio foram os manufaturados, como caminhões, aviões e automóveis. As vendas de aviões, por exemplo, cresceram 96,3%. Estes itens responderam por US$ 4,2 bilhões em receitas, seguidos de produtos básicos, como soja em grão, farelo de soja e minério de ferro, com vendas de US$ 2,5 bilhões.
O principal destino das exportações, em maio, foram os Estados Unidos, com compras de US$ 1,6 bilhão. Mas o aumento das vendas para o país, 13,8%, ficou abaixo do crescimento das exportações gerais no mês.
O segundo país que mais comprou do Brasil foi a Argentina, com US$ 616 milhões e crescimento de 69%, e o terceiro foi a China. As exportações para os chineses ficaram em US$ 550 milhões.
Na divisão por regiões econômicas, o Oriente Médio foi o terceiro maior destino das exportações nacionais em maio. O Brasil exportou US$ 299 milhões para a região, US$ 100 milhões a mais que no mesmo mês de 2003. A África foi o quarto bloco que mais adquiriu produtos brasileiros, com compras de US$ 294 milhões, aumento de US$ 65 milhões.
*Com informações da Agência Brasil

