Geovana Pagel
São Paulo- O microempresário Carlos Ferreira, de Belém do Pará, espera uma chance para exportar chocolates com o sabor da Amazônia. Proprietário da Damazônia Indústria e Comércio de Chocolates Ltda, ele acredita no crescimento da empresa com base no comércio exterior.
Há três anos no mercado, Ferreira já distribui chocolates em vários estados brasileiros e está presente na Brazif Duty Free Shop, nos principais aeroportos internacionais do país. Agora só falta conquistar os importadores estrangeiros. “Acredito que uma das maneiras de entrar nesse mercado é apresentar um produto diferenciado”, avalia.
Empenhado neste propósito, Ferreira chegou inclusive a realizar mudanças estratégicas na empresa. “Desde janeiro do ano passado mudamos o foco do chocolate apenas como produto de consumo, para chocolate como presente”, explica.
Com o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Pará, os catálogos e amostras da marca Damazônia foram, recentemente, enviados para feiras internacionais em Portugal, França e Itália. “É uma maneira que encontramos para iniciar os primeiros contatos”, diz.
Charme na embalagem
A empresa está sediada na Incubadora da Universidade Federal do Pará (UFPA), que possibilita custos fixos diluídos, apoio em feiras e desenvolvimento de embalagens. As embalagens, aliás, são o grande “charme” do chocolate produzido pela Damazônia.
As embalagens são sempre temáticas, como, por exemplo, flores da Amazônia e pinturas indígenas. Na linha premium, é usada uma cinta feita da fibra do curuá (vegetação nativa da Amazônia) para fechar o embrulho.
Há alguns chocolates que vêm dentro de caixas de madeira que viram porta-objetos e porta-incenso. E também um outro chocolate que vem com um colar de motivos indígenas de presente.
De acordo com Ferreira, uma das grandes preocupações da microempresa, que gera nove empregos diretos, é preservar a cultura indígena e divulgar as belezas peculiares da Amazônia para todo o Brasil e, por que não, para o mundo.
Rótulos em 3 idiomas
Mesmo com pouco tempo de existência e ainda sem ter concretizado a primeira exportação, Ferreira já adequou suas embalagens às exigências do mercado internacional. As caixas de chocolates têm rótulos em três idiomas: português, inglês e espanhol. “Podemos adequar a embalagem e o idioma ao gosto do cliente”, garante.
Com os pés no chão, “dando um passo de cada vez”, Ferreira sonha alto e tem muitos projetos, inclusive para expandir a produção. “Até o final deste ano vamos lançar a linha de biscoitos e compostos de mel (mel com cupuaçu, mel com açaí, mel com guaraná)”, conta Ferreira. “No primeiro semestre de 2004 estaremos lançando a linha diet”.
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Damazônia
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