Geovana Pagel
São Paulo – O setor de tintas, que movimenta anualmente US$ 1,3 bilhão e gera 16 mil empregos diretos, bateu seu recorde histórico de exportações em 2003, com faturamento de US$ 69 milhões. O valor representa um crescimento de 22,4% em relação ao ano anterior, quando as vendas externas somaram US$ 56,4 milhões.
As razões do crescimento são a diversificação dos mercados de destino e o aumento do número de empresas com clientes no exterior. A expectativa é de que as exportações cresçam 20% este ano, alcançando US$ 83 milhões.
“O que tem permitido o crescimento das exportações de tintas é, sem dúvida, o resultado da combinação de negócios com países vizinhos (Mercosul) e a abertura de novos mercados no Oriente Médio e na África", afirma o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), Dilson Ferreira. "São mercados recentes, mas com forte tendência à expansão”, completa.
De acordo com Ferreira, pouco menos da metade das exportações de tintas, aproximadamente US$ 30 milhões, ainda destina-se ao Mercosul – parte delas são operações intercompany de multinacionais, ou seja, vendas da unidade brasileira para unidades na Argentina ou Uruguai.
“O caminho escolhido pela maioria das empresas é a diversificação. A Tintas Coral, por exemplo, exporta suas tintas hoje para 30 países na América do Sul, América Central/Caribe, África e Oriente Médio”, conta.
Entre pequenas, médias e grandes, 32 empresas são associadas da Abrafati. “Temos empresas associadas desde o Rio Grande do Sul até Fortaleza, mas a grande maioria é sediada em São Paulo”, conta Ferreira. Segundo ele, a tendência é que médias empresas também passem a exportar.
"Ainda existe um bom espaço para o crescimento das exportações de tintas, especialmente aquelas com maior valor agregado, como as tintas para repintura. Países da América Latina e da África também oferecem boas perspectivas para as tintas imobiliárias", ressalta.
Déficit em queda
O setor sempre apresentou uma balança comercial deficitária, especialmente devido à necessidade de importação de tintas gráficas. As importações, no entanto, diminuíram 10% em 2003, atingindo US$ 111,9 milhões – o menor nível dos últimos anos. Assim o déficit comercial caiu e ficou em US$ 42,9 milhões.
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