Erbil – A Feira Internacional de Erbil, evento multissetorial que terminou nesta quinta-feira(21) no Curdistão Iraquiano, rendeu bons contatos para as empresas brasileiras e para a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, que participou institucionalmente pela primeira vez. “Como primeira participação foi bem positivo. Da próxima vez, acredito que será mais interessante participar de feiras setoriais na região”, afirmou o secretário-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby.
Os curdos iraquianos demonstraram interesse em importar sapatos masculinos, femininos e sandálias, açúcar, equipamentos odontológicos, carnes, café e móveis. Segundo Alaby, nos quatro dias de feira, ele fez cerca de 60 contatos com empresas do sul do Iraque, Índia, Emirados Árabes e Turquia.
Algumas empresas do Curdistão já importam do Brasil, mas via Dubai ou Jordânia, e têm interesse de importar direto, como a Ramo Company, de Erbil, importadora de sapatos. Do setor de móveis, por exemplo, diversas empresas da região iraquiana procuraram a gerente de exportação da companhia Vila Rica, Camila Rodrigues, que expôs armários para dormitórios na feira.
“Como primeira vez, eu gostei de participar da feira e conhecer o mercado. Não tivemos grandes resultados, mas tivemos oportunidades de mostrar o nosso produto num mercado novo”, afirmou Camila, que pretende ficar mais alguns dias em Erbil para visitar lojas e saber qual é a real demanda da região. “Gostaria de achar um distribuidor ou agente que pudesse me ajudar também na questão do idioma”, acrescentou.
Para o representante Ehsan Taj, da Fanem, fabricante de equipamentos médicos e hospitalares no Iraque, a feira também foi positiva, apesar da dificuldade com o idioma curdo. De acordo com ele, existem três grandes hospitais públicos em Erbil e outros 25 prontos-socorros e clínicas especializadas na cidade. “Há um grande potencial aqui”, disse Taj.
De 29 de novembro a 02 de dezembro, a mesma organizadora da Feira Internacional de Erbil, a International Fair Promotion (IFP), vai realizar a Agrofood and Medical Fair, para os setores agrícola e equipamentos médicos. De acordo com Alaby, são dois setores potencialmente competitivos para as empresas brasileiras e seria uma boa oportunidade.