Geovana Pagel
São Paulo – A presença de um estande brasileiro na Feira Internacional do Cairo – a Cairo International Fair -, no Egito, além de aumentar as possibilidades de negócios com os 22 países árabes tem chamado atenção de outros empresários internacionais, como os russos. Na última sexta-feira (19), o empresário Stephen Mazyuk, diretor da Mazyuk & Metelev, visitou o estande interessado nos brinquedos brasileiros. A empresa russa, sediada em St. Petersburg, é uma das expositoras da feira.
“Eles estão interessados em estabelecer parcerias de exportação e importação, assim como em tentar transferir tecnologia entre os dois países, visando os mercados internos brasileiro e russo e também a exportação para países terceiros”, afirmou Michel Alaby, secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB).
“Como não temos nenhum fabricante de brinquedos expondo na feira, informamos a eles o endereço dos sites da Abrinq e da Brazil Trade Net, para que possam obter maiores informações sobre o setor”, afirma Alaby. “Também colocamos a Câmara Árabe à disposição para auxiliá-los em relação a contatos com empresários brasileiros”, completa.
A CCAB organiza um estande nacional na Feira Internacional do Cairo desde 1997. Considerado o evento de negócios mais importante do Egito, sendo também o mais antigo, a feira é voltada para a ampla comercialização de produtos e serviços.
Os primeiros três dias de feira, segundo Alaby, devem ter possibilitado a realização de mais de 150 contatos para as cinco empresas que participam do estande da entidade. Uma delas, a Ataforma, que trabalha com moldes e extratores para sorvete, está em negociação com dois importadores egípcios. “Um deles, uma distribuidora de médio porte, com empresas na Líbia e no Egito, já solicitou cotação dos nossos produtos”, conta a gerente de exportação da Ataforma, Viviane Guelli.
Segundo ela, o distribuidor egípcio já importa da Europa os mesmos produtos fabricados pela empresa brasileira. “Nós temos uma vantagem em relação à Europa”, diz Viviane. E completa: “Nossos produtos oferecem qualidade similar e menor preço”.
De acordo com ela, o único problema que pode atrapalhar as negociações é o alto custo das exportações Brasil-África. “Teremos que encontrar uma maneira de reduzir este custo”, avalia.
Indústria brasileira de brinquedos
De olho no mercado externo, a indústria brasileira de brinquedos cumpre à risca as normas técnicas internacionais que protegem o consumidor infantil. O respeito a essas exigências tem permitido ao Brasil colocar seus produtos nos Estados Unidos, México, Europa e países da América do Sul. O setor gera 19.500 empregos diretos e 6.800 terceirizados.
Na relação de brinquedos mais vendidos no exterior, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), constam os de madeira, os jogos com temas ecológicos e as bonecas, vedetes das exportações com uma variada linha de modelos – de bebês recém-nascidos a réplicas de top models famosas.
Dados estatísticos da Abrinq revelam que em 2003 o faturamento dos fabricantes de brinquedos cresceu 4,4% em relação ao ano anterior. Em 2002, o setor faturou R$ 976,5 milhões. Em 2003, subiu para R$ 1,0 bilhão.
Contato
Abrinq
Telefone: (55-11) 3816-3644
E-mail: abrinq@abrinq.com.br
Site: www.abrinq.com.br
Brazil Trade Net
Site: www.braziltradenet.gov.br
Mazyuk & Metelev
Telefone/fax: 7-812-1150692
E-mail: mazyuk&metelev@sp.ru

