São Paulo – A participação de quatro produtoras de arroz brasileiras na Foodex Saudi, feira do setor de alimentos que ocorreu essa semana em Jeddah, na Arábia Saudita, gerou cerca de US$ 8,3 milhões em expectativas de negócios para os próximos doze meses. A estimativa foi feita pelo projeto Brazilian Rice, um convênio entre a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para divulgar o produto brasileiro no mercado internacional.
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Arrozeira Pelotas, Camil Alimentos, Josapar e Nelson Wendt foram as expositoras do estande brasileiro, que pela primeira vez estiveram na feira saudita. A Foodex Saudi reuniu este ano 214 expositores de 32 países, que representaram 520 marcas. De 12 a 15 de novembro, compradores da Arábia Saudita e de outros mercados do Oriente Médio puderam conhecer e provar o arroz brasileiro, já que os organizadores do estande prepararam uma ação de degustação aos visitantes.
Lucas Silva, executivo de exportação da Arrozeira Pelotas, considerou o evento excelente, bem organizado e com boas oportunidades para o cereal nacional. “A participação na feira foi muito importante para o público árabe conhecer melhor o produto brasileiro. A partir de agora, o arroz do Brasil terá ainda mais participação na Arábia Saudita e voltaremos no próximo ano consolidados no mercado”, afirmou, em nota.
Para Wanessa Augusto, gerente de exportação do grupo Camil Alimentos – presente no país árabe por meio de alguns restaurantes –, o mercado saudita é um dos prioritários para desenvolvimento e ampliação nos próximos anos. “Enxergamos a participação na Foodex como parte importante desse processo”, disse ela no comunicado divulgado pelo Brazilian Rice.
A Josapar, produtora da marca Tio João, já atua na região há cinco anos. A participação no evento foi essencial para fortalecer a atuação no mercado, segundo Luiz Eduardo Yurgel, diretor de exportação da empresa. "Os consumidores da Arábia Saudita primam por um arroz de qualidade e por isso temos uma ótima aceitação neste mercado", afirmou, em nota enviada pela companhia.
Em torno de 10% do volume do arroz exportado pela Josapar tem como destino o Oriente Médio. Para o mercado saudita, isoladamente, Yurgel projeta um avanço de até 30% nos embarques.
A Arábia Saudita é um dos mercados-alvo do convênio entre a Apex-Brasil e a Abiarroz, que tem como meta exportar 10 mil toneladas de arroz por ano para a Arábia Saudita – neste ano, de janeiro a outubro, foram 7 mil toneladas enviadas ao país, maior comprador de alimentos do Oriente Médio. Segundo a organização da Foodex Saudi, as importações totais de alimentos e bebidas pelo país árabe deverão alcançar US$ 34 bilhões em 2020, contra os atuais US$ 21 bilhões.