São Paulo – A agência internacional de classificação de risco de crédito Fitch Ratings elevou a avaliação da Tunísia de CCC+ para B- com perspectiva estável em nota divulgada nesta sexta-feira (12). A agência melhorou a avaliação dos IDRs (Issuer Default Ratings) de Longo Prazo em Moeda Estrangeira e Local, mecanismo que mede a probabilidade de inadimplência do país em relação às suas obrigações financeiras.
A Fitch justificou a classificação pela melhor na posição externa da Tunísia, com menores déficits em conta corrente, investimentos estrangeiros diretos líquidos resilientes e desembolsos de parceiros multilaterais e bilaterais. Mas a agência diz que o país tem limite de financiamento externo, ausência de acesso a mercado, vulnerabilidade do orçamento e contas externas ao preço das commodities e que falta reformar subsídios.
A Fitch Ratings prevê que o déficit em conta corrente da Tunísia aumentará, de 1,5% Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, para 2,2% em 2025 e 2,8% em 2027 por causa dos preços menores do azeite de oliva e maiores importações de produtos pelo país. Apesar disso, o patamar atual é muito menor que a média de 7,9% do período 2010-2022. O déficit em conta corrente de uma nação indica que ela gasta mais com importações do que arrecada com exportações e outras transações internacionais.
Mas a agência afirma que os fluxos líquidos de investimento estrangeiro direto, que no ano passado foram de 1,4% do PIB na Tunísia, têm se mostrado resistentes a choques políticos e externos. Enquanto os empréstimos externos são afetados pela ausência de acesso a mercados e de um programa do Fundo Monetário Internacional (FMI), os desembolsos de parceiros, de 2,2% do PIB em 2025, também seguem resilientes. A Fitch prevê recuperação dos fluxos de investimento no país em 2025.
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