São Paulo – A Jordânia deverá encerrar 2012 com crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB) em relação a 2011 e com uma taxa de inflação praticamente estável. O país continuou a executar medidas que reduziram o déficit do país e a dependência do setor petrolífero a subsídios governamentais neste ano. Mesmo assim, uma avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgada nesta quarta-feira (26) alerta que o país tem desafios à frente, entre eles controlar o grande contingente de refugiados sírios e os preços em alta.
O encontro dos técnicos do FMI com as autoridades da Jordânia ocorreu entre os dias 3 e 20 de dezembro e foi realizado no âmbito de um programa de empréstimos liberado pelo Fundo para que o país árabe possa reduzir o seu déficit.
Entre os problemas enfrentados neste ano estão o aumento de refugiados sírios devido ao conflito armado entre o regime sírio e militantes da oposição, a interrupção no fornecimento de gás natural, o aumento nos preços de alimentos e do petróleo e a redução nas doações que o país recebe.
"Mesmo assim, o crescimento deverá aumentar ligeiramente, 3% em comparação com os 2,6% registrados em 2011, enquanto a inflação média deverá ser de cerca de 5% ao ano", afirmou o comunicado do Fundo assinado pela chefe da missão que foi à Jordânia, Kristina Kostial. A previsão do FMI é que o PIB do país cresça 3,5% em 2013 e que a inflação fique em 3,9%.
Entre as medidas que foram adotas em 2012 e elogiadas pelo FMI estão aquelas que resultaram na redução de desequilíbrios financeiros tanto nas contas internas quanto externas sem comprometer o bem-estar da população. Neste ano, a Jordânia eliminou os subsídios que dava ao setor petrolífero, exceto o de gás liquefeito de petróleo. Segundo o FMI, essa medida tornou o país menos vulnerável às variações nos preços do petróleo, reduziu o impacto do aumento de preços para a população e ajudou a reduzir gastos.
O empréstimo de US$ 2,06 bilhões feito pelo FMI à Jordânia deverá ser pago até 2015 e será utilizado para que o país promova reformas na economia sem comprometer o seu desempenho fiscal. Também por meio deste empréstimo, a Jordânia deverá promover o crescimento e a inclusão social.

