São Paulo – A diretoria executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) terminou no dia 06 de dezembro a terceira revisão de um acordo de crédito assinado com a Mauritânia, e autorizou o país a sacar US$ 22,91 milhões. O convênio tem valor total de US$ 160,38 milhões e prazo de duração de três anos. Com o montante liberado agora, o total dos desembolsos subiu para US$ 68,74 milhões.
Segundo nota divulgada pela instituição, o diretor-gerente adjunto do FMI, Mitsuhiro Furusawa, disse que o andamento do programa de reformas financiado pelo fundo é satisfatório. “A economia está se recuperando, a estabilidade macroeconômica está sendo mantida, a dívida externa foi estabilizada, e foram lançadas reformas para modernizar as instituições econômicas e o ambiente regulatório”, declarou Furusawa.
Ele acrescentou, no entanto, que apesar das perspectivas positivas, existem riscos e vulnerabilidades consideráveis para a economia, como um ambiente internacional menos favorável e a queda nos preços de commodities exportadas pelo país africano, o que pode afetar as contas externas e o equilíbrio fiscal. “É importante que as autoridades sigam com políticas macroeconômicas prudentes, ao mesmo tempo em que apressem reformas estruturais que incentivem o crescimento inclusivo, a redução da pobreza e a boa governança”, afirmou Furusawa, de acordo com o comunicado
O executivo declarou ainda que a produção de gás em campos marítimos na Mauritânia representa uma oportunidade, mas também um risco, pois há altos custos iniciais. “As autoridades devem escolher a opção mais econômica para financiar a participação do governo no projeto, preservando as reservas internacionais, dado o ambiente internacional incerto”, ressaltou.