São Paulo – O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou o crescimento da região do Oriente Médio e do Norte da África (Mena) para 3,3% em 2021 e 4,2% em 2022. Em outubro, o fundo esperava que a região atingisse um crescimento de 2,2% em 2021. As informações são do jornal egípcio Al Ahram.
Os números constam da atualização do FMI sobre o crescimento econômico da região do Oriente Médio e Ásia Central (MCD), divulgados nesta quinta-feira (04). O FMI não anunciou suas projeções para cada país da região.
O FMI atribuiu a revisão do crescimento da região, em grande parte, a um desempenho melhor do que o esperado entre os exportadores de petróleo, enquanto a ausência da segunda onda em alguns países impulsionou também a atividade não petrolífera. O impacto da primeira onda da pandemia foi menor do que o esperado, o fundo informou.
“Os países com diferentes fornecedores e produção de vacinas têm previsões mais favoráveis ou praticamente inalteradas, enquanto aqueles com acesso mais limitado às vacinas e aqueles mais atingidos pela segunda onda da pandemia apresentam perspectivas mais enfraquecidas”, disse o FMI.
Além disso, os países que adotaram políticas fiscais e monetárias mais fortes em resposta à pandemia também devem ter uma recuperação mais rápida, já que o impacto de 2020 foi menor, de acordo com o FMI. Estados frágeis e afetados por conflitos serão especialmente atingidos, com os níveis de PIB de 2021 projetados 6% mais baixos do que em 2019, de acordo com o FMI.
Sobre a recuperação da região quanto à pandemia de covid-19, o FMI disse que os riscos continuam altos, já que novas infecções podem atrasar a recuperação na ausência de vacinas e espaço para políticas.
“As recentes mutações do vírus podem representar desafios adicionais. Outras necessidades de gastos podem exacerbar as preocupações com a sustentabilidade da dívida em vários países”, disse o fundo.
Atrasos ou má gestão da distribuição da vacina, juntamente com as vulnerabilidades mais elevadas causadas pela pandemia, podem levar à agitação social, acrescentou o comunicado. “O acesso à vacina contra a covid-19 terá um papel crítico na recuperação da região no futuro”, disse o FMI.