São Paulo – O Fundo Monetário Internacional divulgou nesta quarta-feira (23) avaliação da economia brasileira, na qual prevê crescimento de 3,5% para o Brasil neste ano contra 4,25% estimados anteriormente. “No médio prazo, a projeção é que o Brasil alcance crescimento potencial de 3,5% (revisado para baixo). Mas mesmo este potencial mais baixo requer uma escalada dos investimentos (incluindo infraestrutura) e melhora da taxa de expansão da produtividade. Sem decisivas e amplas reformas, esforços para impulsionar investimento e produtividade, o potencial de crescimento do Brasil pode voltar à sua média histórica de longo prazo de cerca de 3%”,diz o relatório.
O organismo também recomenda aumento da poupança doméstica pública e privada, para reduzir a dependência de capital externo e conter o déficit em conta corrente. O FMI demonstra preocupação com a política fiscal, a perda de competitividade, os problemas inflacionários, entre outros, e recomenda acabar com os estímulos adotados logo depois da crise mundial.
Mas o Fundo reconhece os esforços em infraestrutura e a importância das concessões no setor e na área de energia que deve atrair US$ 150 bilhões em cinco anos. Ele cita que eles vão reduzir os gargalos que impedem a competitividade, só que afirma que as medidas são recentes e não são suficientes. O FMI recomenda reduzir o custo do trabalho, revisar política de valorização do salário mínimo e realizar reformas que flexibilizem o mercado e diminuam a burocracia e fazer a reforma da Previdência.

