São Paulo – A Arábia Saudita precisa promover a criação de empregos no setor privado para absorver entre 1,5 milhão e dois milhões de novos trabalhadores do país que entrarão no mercado de trabalho nos próximos anos. De acordo com um comunicado divulgado nesta quinta-feira (05) pelo vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Min Zhu, que visitou o país árabe essa semana, o governo saudita deve ampliar a quantidade vagas para sua população para evitar um aumento no desemprego. Ele também disse que é preciso aperfeiçoar as habilidades dos trabalhadores para que seus habitantes possam competir no mercado de trabalho.
As recomendações de Zhu não foram feitas apenas aos líderes sauditas. “O setor privado no Oriente Médio e no Norte da África não tem apresentado o dinamismo para impulsionar o crescimento a níveis que vemos em outras regiões. O número de vagas criado atualmente não é suficiente para absorver o aumento crescente de novos participantes no mercado de trabalho, que tem resultado em taxas de desemprego maiores do que em outras regiões, principalmente entre os jovens, dos quais um em cada quatro está sem trabalho”, afirmou.
Zhu foi à Arábia Saudita para se reunir com as autoridades locais e para participar da conferência “O setor privado no Oriente Médio – como ele pode contribuir para mais crescimento?”, organizado em parceria entre o Conselho de Câmaras Sauditas, a Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês) e o FMI. Zhu observou que, apesar do desafio para gerar empregos, a Arábia Saudita deverá ter um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,4% em 2014 e de 3,6% neste ano, com crescimento de aproximadamente 5% do setor não petrolífero.

