São Paulo – A Tunísia precisa gerar empregos, reduzir o déficit orçamentário e fortalecer o setor bancário para crescer neste e nos próximos anos. Estas foram algumas das sugestões apresentadas por técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) que concluíram na quarta-feira (25) uma visita à Tunísia, feita a convite do governo local. Na avaliação dos técnicos do Fundo, os tunisianos estão implantando medidas e reformas definidas anteriormente, mas a uma velocidade menor do que seria necessário.
“Esforços urgentes e imediatos são necessários para controlar os déficits externo e orçamentário, reduzir as vulnerabilidades do setor bancário e gerar emprego de forma mais rápida e inclusiva para absorver o desemprego enquanto se reduz disparidades econômicas e sociais”, afirmou um comunicado do Fundo divulgado na sexta-feira (27).
O Fundo reconhece, no seu relatório, que o desempenho econômico do país do Norte da África estava, em junho, de acordo com o determinado por um programa de empréstimo do FMI à Tunísia. A instituição financeira afirmou, contudo, que a recuperação prevista está evoluindo “a um ritmo menor do que o esperado”.
O FMI alerta que desde a metade do ano a crise política se agravou, houve ameaças à segurança e as relações entre a Tunísia e seus parceiros comerciais se deterioraram. O país tem desequilíbrios nas contas interna e externa e há uma tendência de redução na atividade econômica no curto prazo. “Medidas rigorosas, que incluam a implantação de reformas, são essenciais, apesar das restrições provocadas pelos acontecimentos políticos”, afirma o comunicado.
Como solução para os problemas econômicos tunisianos, o FMI sugere que as autoridades locais se esforcem para recuperar a confiança dos investidores, aumentem as reservas internacionais e façam reformas que promovam a geração de empregos, que apoiem os investimentos privados, fortaleçam o setor bancário e protejam os “integrantes mais vulneráveis da sociedade”. Tunísia e FMI terão uma nova reunião em novembro deste ano.


