São Paulo – O Fundo Monetário Internacional (FMI) realizou uma missão à Mauritânia de 08 a 21 de março. De acordo com comunicado divulgado pela instituição financeira nesta quinta-feira (22), as perspectivas econômicas são favoráveis em razão do nível sustentado dos preços dos produtos básicos e dos esforços de política econômica em curso no país. No entanto, há ainda obstáculos significativos para um crescimento inclusivo.
Segundo o Fundo, o país cresceu 3% em 2017 e poderá crescer 3,5% este ano, e registrou uma inflação moderada de 2,3%, em média, no ano passado. As reservas internacionais do país chegaram a US$ 849 milhões no final de 2017. Excetuando-se produtos dos setores extrativistas, o total é suficiente para cobrir 5,1 meses de importações.
Também sem contar o setor extrativista, o país registrou um superávit primário de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, resultado de ajuste fiscal adotado em 2015 e 2016, quando da queda dos preços das matérias-primas. O Déficit em conta corrente caiu de 11% do PIB em 2016 para 8% em 2017, ainda sem contar as importações de mercadorias da indústria extrativista. O endividamento externo se estabilizou em 72% do PIB.
O FMI destaca que a implementação do programa econômico e financeiro do país é satisfatória e continua no caminho certo.
A instituição prevê que embora este ano o orçamento deva ser afetado pelos preços do petróleo mais altos do que em 2017, isso deverá ser em parte compensado por receitas excepcionais do setor extrativista. A Mauritânia e produtora de matérias-primas minerais.
A delegação concluiu a favor do desembolso da segunda parcela e um financiamento acertado entre o FMI e o país, no valor de US$ 24milhões. A decisão precisa ser ratificada pela diretoria do Fundo. O acordo foi aprovado pela instituição em dezembro do ano passado e prevê a liberação de US$ 168,2 milhões ao longo de três anos. O objetivo é apoiar o programa de reformas do governo local.
A Mauritânia será um dos países visitados por uma missão empresarial que a Câmara de Comércio Árabe Brasileira irá promover em abril, que passará também por Egito, Tunísia e Jordânia.