São Paulo – Uma equipe de oito oficiais da Marinha brasileira desembarca esta semana no Líbano para ajudar no patrulhamento marítimo do país, que passa por um momento de turbulência política. Os militares vão fazer parte de uma missão de paz das Forças Interinas das Nações Unidas do Líbano (Unifil).
De acordo com a chefe da divisão das Nações Unidas do Itamaraty, Gilda Santos Neves, foi a Organização das Nações Unidas (ONU) que pediu ajuda para o Brasil. “Temos uma relação muito densa com o Líbano. Existem muitos brasileiros que moram lá”, afirmou Gilda. A embaixada do Brasil em Beirute estima que existem cerca de 15 mil brasileiros no Líbano.
A conselheira do Itamaraty disse ainda que já existe, desde o ano passado, um chefe brasileiro de operações marítimas no programa de patrulhamento da Unfil e que no total serão nove brasileiros. Entre eles está o comandante e contra-almirante Luiz Henrique Caroli, que está há 38 anos na Marinha do Brasil e é a primeira vez que integra uma missão de paz internacional.
Não existe um tempo determinado para que esses militares fiquem no patrulhamento. Segundo Gilda, vai depender da situação do território. No total, o comandante brasileiro irá comandar uma frota de oito navios de cinco nacionalidades. A missão integra um total de 12 mil militares de 33 países que fazem parte do programa de manutenção de paz no Líbano.
Desde 1978, a ONU mantém no Líbano a missão de paz das Forças Interinas das Nações Unidas do Líbano. O objetivo inicial foi garantir a retirada pacífica das tropas de Israel do Sul do Líbano e evitar conflitos entre os integrantes do Hezbollah e de Israel, além de dar apoio ao governo libanês para a consolidação do poder na região.
A conselheira do Itamaraty lembrou que o Brasil já participou de missões de paz em Moçambique, Angola e Haiti.