São Paulo – A oportunidade de alavancar o comércio com os países africanos é uma das prioridades do Fórum Brasil África 2023, que será realizado em São Paulo e terá a participação de diversas lideranças do Brasil e da África. A promoção de parcerias, negócios e o desenvolvimento de projetos no continente são possibilidades a explorar no evento, que terá também rodadas de negócios.
De acordo com o professor João Bosco Monte, que é presidente do Instituto Brasil África (Ibraf) e organizador do fórum, o contexto geopolítico global atual foi fundamental para a definição do tema do evento deste ano, que chega à sua 11ª edição. “O elemento comércio surgiu de forma intensa, como decorrência de eventos como a pandemia e o conflito na Ucrânia, que tornam os fluxos comerciais globais mais difíceis”, diz Monte.
Entre os palestrantes do evento estão Tamer Mansour, CEO da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, que é apoiadora do fórum; o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira; o assessor especial para Assuntos Internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim; o presidente do Afreximbank, Benedict Oramah; o ministro de Energia do Quênia, Davis K. Chirchir; a diretora adjunta da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Maria Helena Semedo; e o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana.
Além do comércio como tema central, o fórum irá abordar parcerias, desenvolvimento e a aproximação comercial entre o Brasil e o continente em áreas como agronegócio, cultura, turismo, consumo, infraestrutura, logística e indústria farmacêutica, entre outras. Uma rodada de negócios também será realizada durante o encontro.
O fórum, avalia Monte, ocorre em um momento em que Brasil e continente africano voltam a se aproximar. “A África Austral (sul do continente) é muito diferente do que ocorre na Líbia (que fica no Norte). No Norte da África, cada país tem muito o que desenvolver com o Brasil. Marrocos teve voo direto com o Brasil, o que facilita as trocas, e o Egito é um parceiro antigo. Eles têm uma relação com o Brasil diferente daquela que se observa na Argélia (imagem da capa), Mauritânia e Líbia. É preciso um trabalho diplomático, mas também precisa da iniciativa dos empresários”, diz Monte.
O presidente do Ibraf lembra que a Câmara Árabe tem o papel de ajudar a apresentar as oportunidades nos países árabes da região. Além de Argélia, Líbia, Mauritânia, Egito e Marrocos, são nações árabes na África: Comores, Somália, Djibuti, Tunísia e Sudão.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em 2022 o Brasil exportou US$ 12,7 bilhões ao continente, onde os principais importadores foram Egito, Argélia, África do Sul e Marrocos. No mesmo período, o Brasil importou US$ 8,5 bilhões, tendo como principais fornecedores Nigéria, Marrocos, Argélia e África do Sul. Tanto nas exportações como nas importações, houve crescimento em relação a 2021.
Serviço:
Fórum Brasil África
31 de outubro e 01 de novembro de 2023
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