São Paulo – Uma fruta doce, muito doce, de polpa branca, sabor delicado e com menos sementes do que a fruta-do-conde, espécie da mesma família. Esta é a atemóia. Considerado exótico, o produto que teve origem nos Estados Unidos também é produzido no Brasil, e ainda é exportado.
A Atemóia Bona, empresa que mantém uma produção de 400 toneladas anuais da fruta, exporta 150 toneladas do produto para Canadá e Portugal. Há sete anos, as vendas começaram por meio de uma trading e a expectativa para 2011 é de crescimento.
“Provavelmente este ano a gente vai ter uma produção de frutos maiores, 90% do tipo exportação”, conta François Bonaventure, gerente de exportação da empresa. “Por esta produção, temos expectativas de aumentar as exportações em 50%”, revela.
Quase desconhecida no Brasil, a atemóia é um fruto híbrido, criado a partir do cruzamento da cherimoia com a ata (também conhecida como pinha ou fruta-do-conde), daí o nome atemóia. Países como Chile, Espanha, Peru, Venezuela, Estados Unidos e África do Sul, por exemplo, são importantes produtores da fruta.
A produção de atemóia da Bona é totalmente orgânica e possui a certificação Ecocert, que é credenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.
A plantação é feita em uma fazenda no sul do estado de Minas Gerais, na cidade de Paraisópolis e, no mercado interno, é vendida na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), local que abastece todo o estado de São Paulo no que se refere a frutas, vegetais, flores, carnes, entre outros produtos. A empresa mantém ainda uma segunda fazenda, em Campo dos Jordão (SP), na qual produz framboesa, kiwi e mirtilo, frutos ainda não exportados pela Bona.
Para que as atemóias possam chegar frescas aos mercados importadores, as frutas são exportadas em carregamentos feitos duas vezes por semana por via aérea, sempre às quartas-feiras e aos domingos. “Desde a colheita até estar na mão do consumidor, tem que passar, no máximo, dez dias, mas recomendamos sete dias”, conta Bonaventure.
No mercado interno, uma caixa com 14 atemóias pode custar entre R$ 15 e R$ 21, dependendo do período da safra. Já para o mercado externo, a produção é toda vendida pelo preço de R$ 23 por caixa.
Para a produção das atemóias, a Bona conta com sete funcionários fixos, número que cresce para 17 em época de colheita. O faturamento anual da empresa gira em torno de R$ 600 mil, dos quais 50% são provenientes das exportações.
Contato
Atemóia Bona
Fone: +55 11 7733-0982
E-mail: fbbona@yahoo.com.br
Site: www.atemoia.com.br

