São Paulo – As frutas brasileiras estão ganhando mais espaço no mercado árabe. O estande do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf) na feira Gulfood, do setor de alimentos, em Dubai, vai ter um espaço de 90 metros quadrados, quase o dobro do tamanho da edição do ano passado. As empresas expositoras também aumentaram, saíram de três para oito. “Ainda é um número muito reduzido, mas o mercado do Oriente Médio é jovem e desconhecido para as empresas brasileiras”, afirmou a gerente executiva do Ibraf, Valeska de Oliveira.
De acordo com ela, o mercado árabe está no alvo do programa Brazilian Fruit, projeto do Ibraf, que tem parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), e tem como objetivo colocar o Brasil no centro do mercado mundial de frutas. A Gulfood será realizada de 21 a 24 de fevereiro.
Nesta edição, as empresas brasileiras vão expor manga, castanha do Pará, goiaba, figo, mamão papaia, tangerina, suco de uva e sucos concentrados, entre outras frutas secas e processadas. Segundo Valeska, além das empresas expositoras, outras seis vão visitar a feira para conhecer as oportunidades que existem no mercado. “A Gulfood é a principal feira do Oriente Médio para os nossos produtos”, disse.
Entre as empresas e associações expositoras está a Ruette Spices, Atlântica Foods, Caiba Indústria e Comércio, Rio Doce Importação e Exportação, Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e Exporta Minas. Elas vão levar para os árabes alguns produtos exóticos e diferentes para o paladar internacional, como carambola, caqui e suco de uva 100% integral.
Essa é a terceira vez que o Ibraf participa da Gulfood. Segundo Valeska, já deu para sentir que os produtos brasileiros são bem aceitos pelos árabes e a receptividade pelas empresas locais também é grande.
Segundo dados da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, os países árabes importaram do Brasil US$ 9,31 milhões em frutas frescas no ano passado, o que representou um aumento de 8,4% em comparação a 2008. Uva, melão, maçã e manga foram as principais frutas embarcadas.
Entre as frutas processadas, que inclui polpas, castanhas e sucos concentrados, o crescimento das vendas brasileiras para os árabes foi de 30,2%, com exportações de US$ 21,46 milhões. Os principais países importadores foram Líbano, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Argélia.
A questão da logística ainda é um desafio para os exportadores brasileiros. Segundo Valeska, grande parte das vendas para os árabes é feita por Roterdã, na Holanda. “Nosso objetivo é encurtar a distância e passar a exportar diretamente”, acrescentou a gerente.