Geovana Pagel
São Paulo – O Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, sugeriu a união entre governo e empresários como resposta às críticas de dirigentes do setor coureiro-calçadista diante da decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de reduzir de 9% para 7% a taxação do couro wet blue para exportação e a extinção da alíquota até 2006.
“Nosso papel é abrir portas. Brigar entre nós é dar tiro no pé. Arrancar couro de ministro não dá dividendo”, disse Furlan durante a solenidade de abertura da Couromoda 2004.
Furlan lembrou que as exportações do wet blue representam apenas 0,23% das exportações brasileiras do setor e que a medida da Camex foi tomada juntamente com mais seis ministros. Segundo ele, a medida vai ser implantada no próximo dia 15 de janeiro, porém se necessário, a decisão poderá ser avaliada no futuro.
Segundo o ministro, o setor não tem crescido como as exportações brasileiras nos últimos anos e ainda há muitos canais deficientes de distribuição. “É preciso criar espaço para que o produtor utilize as linhas de crédito do BNDES, criar novos canais e aperfeiçoar a nossa modelagem, para que possamos dar um passo adiante”, declarou.
“Este é o ano do crescimento econômico e o ano de dar resultado ao esforço de exportação do ano passado”, disse Furlan. O ministro destacou ainda a importância do trabalho que vem sendo desenvolvido pela Agência de Promoção das Exportações do Brasil (Apex) para mostrar o Brasil no exterior.
“Em Dubai, nenhuma empresa deixou de vender”, afirmou o ministro, fazendo referência a participação dos setor calçadista na Semana do Brasil em Dubai, realizada de 7 a 9 de dezembro, nos Emirados Árabes Unidos.

