Da Agência Brasil
São Paulo – O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, defendeu hoje a construção de uma agenda positiva com os Estados Unidos, que são o maior mercado dos produtos brasileiros. Ele afirmou não ser possível que dois países com população e territórios tão grandes não possam formular uma agenda de negociações. Os temas discutidos, na opinião do ministro, devem priorizar interesses do setor privado.
Furlan afirmou que a meta de seu ministério é promover o desenvolvimento da indústria e do comércio exterior “sem nostalgia, sem ideologia e sem emoção”. O objetivo é fazer negócio, buscar tecnologia e ampliar os espaços para as empresas brasileiras se tornarem multinacionais, informou. “Eu tenho a obrigação de, na minha área, olhar o grande mercado, buscar as oportunidades”, acrescentou .
Furlan que participou na capital paulista de seminário “Como Crescer em 2004” destacou que não tem medo da Alca. “Nós vamos investir em potencial e onde tem lucro. Eu tenho grande ânimo em relação à Alca. O que existe é uma diretriz do presidente Lula de que nós vamos negociar a Alca. O jogo de cena faz parte. A gente não deve se assustar. Temos que manter a calma, o objetivo, ter a noção do rumo da grandeza, imaginar que o Brasil tem que sonhar ter horizonte e ao mesmo tempo tem que ser firme”, disse.
O ministro salientou que quando o presidente Lula fala que não somos país de coitadinhos, cada um interpreta de um jeito, mas Furlan entende que temos de nos apresentar ao exterior, como iguais para fazer negócios, para trocar informações, buscar investimentos, para intercambiar oportunidades.
Furlan disse também que as exportações brasileiras deverão crescer 10% no próximo ano e essa expectativa “ainda é conservadora”. Segundo Fulran este ano estamos prestes a superar o volume de US$ 70 bilhões, valor somado durante todo ano passado. O ministro disse ainda que o risco-país em 600 pontos ainda é elevado e em breve deverá cair para 400.
Furlan afirmou que, na próxima semana, segue para Whashington, onde visita as quatro agências de classificação de risco; participar de reunião da Câmara de Comércio Brasil Eua e promove apresentação no conselho das Amércias. Ainda estão previstas reuniões com representantes dos principais fundos de investimentos e com novo presidente da bolsa de Nova York, Jonh Reed.