São Paulo – O Brasil teve um movimento de US$ 57,15 bilhões em fusões e aquisições entre empresas nos sete primeiros meses deste ano. De acordo com a consultoria Thomson Reuters Markets, houve um crescimento de 83,9% sobre o mesmo período do ano passado.
As informações foram divulgadas pela assessoria de comunicação do Núcleo de Negócios Internacionais da Trevisan Consultoria. Entre janeiro e julho deste ano, o Brasil já alcançou valor próximo em fusões e aquisições ao ano passado, que foi US$ 59 bilhões.
Segundo o consultor do Núcleo e coordenador do curso de Relações Internacionais da Trevisan Escola de Negócios, Olavo Henrique Furtado, o crescimento era previsível. "No entanto, é um crescimento que tem limites. A pergunta a ser feita hoje é até quando esta tendência de crescimento continuará", afirmou em nota.
Uma pesquisa publicada no primeiro semestre deste ano pela consultoria internacional Grant Thornton, indicava que 64% das empresas brasileiras de capital fechado planejavam crescer por meio de aquisições nos três anos seguintes. O percentual é maior do que a média mundial, de 44%, segundo o estudo.
Boa parte dos investimentos estrangeiros que chegam ao Brasil – e também à América Latina – vão para fusões e aquisições. Segundo relatório da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), órgão das Nações Unidas, os investimentos estrangeiros na América Latina chegaram a US$ 106 bilhões no ano passado, sendo que fusões e aquisições tiveram participação importante no processo.

