São Paulo – Os países que são parte do G20, grupo formado pelas maiores economias do mundo e a União Europeia, vão injetar US$ 5 trilhões no mundo com medidas para combater os impactos sociais, econômicos e financeiros da crise gerada pelo coronavírus. O valor foi anunciado em documento divulgado após a conferência de líderes dos países que integram o grupo, da qual o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, participou.
O Brasil faz parte do G20, assim como a Arábia Saudita. O país árabe está atualmente na presidência do grupo e vai ser sede da sua reunião de cúpula, em outubro deste ano. O rei saudita Salman bin Abdulaziz al Saud (foto acima) comandou o encontro virtual dos líderes dos países do G20. Segundo documento divulgado, o dinheiro anunciado será injetado por políticas fiscais, medidas econômicas e esquemas de garantias na economia dos países.
Na declaração, os líderes se comprometeram a facilitar o comércio internacional e evitar interferências ao seu tráfego. O documento informa que o grupo vai trabalhar para garantir o fluxo de suprimentos de produtos médicos, produtos agrícolas cítricos e outros bens e serviços entre os países, bem como para resolver as rupturas nas cadeias de suprimento globais. O G20 reiterou seu objetivo de manter os mercados dos seus países abertos.
O documento informa que o G20 vai trabalhar de forma rápida com organizações internacionais como Organização Mundial da Saúde, Fundo Monetário Internacional (FMI) e bancos multilaterais e regionais para implantar um pacote financeiro robusto. “Estamos prontos para fortalecer as redes de segurança financeira global”, afirma texto divulgado pelo G20. Os líderes pedem que essas organizações coordenem suas ações, inclusive com o setor privado, para apoiar os países emergentes nas áreas da saúde, econômica e social.
O grupo se diz seriamente preocupado com os riscos a todos os países, mas especialmente nas nações em desenvolvimento e menos desenvolvidas, onde os sistemas de saúde são menos capazes de lidar com o desafio da covid-19, e com os refugiados. O G20 se diz disposto ao financiamento humanitário. A declaração também informa que o grupo está pronto para agir e tomar outras medidas que possam ser necessárias.
O documento ainda traz declarações quanto ao lembrete da pandemia sobre a interconectividade e vulnerabilidade mundial e sobre a preocupação com o sofrimento e a perda de vidas no mundo todo. O G20 também enumerou uma série de ações que serão tomadas na área da saúde para o enfrentamento da pandemia.
O G20 listou como seus objetivos, no atual cenário: proteger vidas, empregos e renda das pessoas; restaurar a confiança; minimizar os efeitos no comércio e nas cadeias globais de suprimento; prestar ajuda aos países que precisam de assistência, coordenar medidas de saúde pública e financeiras.