São Paulo – Uma região do estado do Rio Grande do Sul, chamada Alto Uruguai, está se transformando gradualmente em uma grande produtora de frutas. A matriz produtiva ainda é grãos, com 331 mil hectares, mas o plantio de pomares cresce a cada ano, de acordo com informações publicadas no site da Emater/Ascar, empresa pública de assistência técnica rural que tem atuação em vários estados do Brasil.
De acordo com notícia publicada no site da empresa, no município de Mariano Moro, por exemplo, o plantio de pomares partiu do zero em 1990 e hoje ocupa mais de 500 hectares de área plantada. O principal fator, explica o chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar de Mariano Moro, Armando Vendrami, é o clima ideal para a produção de frutas na região. A rentabilidade da fruticultura em relação às lavouras de grãos também é maior.
Também influenciou os produtos a possibilidade de vendas certas das frutas. Um grupo com 30 caminhoneiros adquire grande parte da produção, que tem como mercado os estados de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso, e o próprio Rio Grande do Sul. “A produção de grãos é para grandes propriedades. O pequeno agricultor tem oportunidade de ganhar mais com as frutas do que com os grãos. A tendência é de ampliarmos a produção para outros tipos de frutas, como melão, abacaxi e caqui”, disse Vendrami.
Atualmente, das 400 famílias no meio rural de Mariano Moro atendidas pelas Emater/RS-Ascar, 180 estão envolvidas com a fruticultura e citricultura. A diversificação dá mais opções de renda ao produtor e fortalece sua permanência no campo. Vendrami, que é um apaixonado pela fruticultura, é também presidente da Associação dos Fruticultores de Mariano Moro. Segundo ele, o investimento em fruticultura é um excelente negócio.
*Com informações da Emater-Ascar

