São Paulo – Os países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) podem investir cerca de US$ 22 bilhões no setor de alumínio nos próximos cinco anos, segundo reportagem do jornal Emirates Business 24/7, de Dubai. O total inclui novos projetos e a expansão de usinas existentes. O GCC é formado por Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos e Omã, e o desenvolvimento dessa indústria faz parte da estratégia do bloco de diminuir sua dependência nas exportações de petróleo.
De acordo com o jornal, dados oficiais mostram que os seis países do GCC, que controlam cerca de 45% das reservas de petróleo do mundo, já aplicaram mais de US$ 15 bilhões no setor de alumínio, o que corresponde a mais de 10% dos investimentos do bloco em atividades não ligadas à indústria petrolífera.
Os investimentos vão ampliar a capacidade de produção dos países da região de 2,2 milhões de toneladas em 2009 para mais de 6 milhões de toneladas em 2015, fazendo com que o GCC se torne um dos principais pólos mundiais do ramo, segundo a Organização do Golfo para Consultoria Industrial (GOIC, na sigla em inglês), com sede em Doha, no Catar.
Entre os investimentos previstos pela GOIC estão US$ 5,8 bilhões em uma nova usina no Catar, que atualmente produz 585 mil toneladas ao ano. A Emal, de Abu Dhabi, deve receber US$ 8 bilhões para alcançar produção de 1,4 milhão de toneladas, contra as atuais 720 mil ao ano. Dubai e o Bahrein, onde foram montadas as primeiras fundições de alumínio da região, também têm planos de expansão.
A Arábia Saudita, principal produtora de petróleo do mundo, pretende investir US$ 3,8 bilhões em uma fundição de alumínio, enquanto Omã acaba de inaugurar sua primeira usina, no Porto de Sohar.
Um estudo da GOIC sobre o setor mostra que a demanda global de alumínio deve chegar a 70 milhões de toneladas até 2020, contra 37 milhões de toneladas atualmente. Entre 2016 e 2020, essa indústria poderá ganhar mais US$ 8 bilhões em investimentos no GCC.
*Tradução de Mark Ament

