São Paulo – Os seis países membros do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) – Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Bahrein, Omã, Catar e Arábia Saudita – deverão ter um banco central no ano que vem. A informação foi divulgada pelo site do jornal Khaleej Times, de Dubai.
A criação do Gulf Central Bank (GCB), ou Banco Central do Golfo, deverá ser decidida em uma reunião de ministros das Finanças e da Economia dos países do GCC, exceto Omã, que começou ontem (17) e termina hoje na Arábia Saudita.
Durante o encontro, será decidida a estrutura da instituição, os direitos a voto de cada país e a localização da sede do GCB. O banco terá capital inicial de US$ 1 bilhão.
A criação do GCB é um requisito básico para a criação de uma moeda unificada para os países do bloco. A criação da moeda única, que deverá se chamar Khaleej Dinar, está prevista para janeiro de 2010. De acordo com especialistas em finanças, a moeda será uma das cinco mais fortes do mundo.
Em novembro, o bloco econômico deve endossar a decisão tomada na reunião em desta semana, durante uma cúpula de chefes de estado a ser realizada em Mascate, capital de Omã.
Um relatório intitulado "A Estrutura Institucional do Banco Central do Golfo", publicado na última segunda-feira pela administração do Dubai International Financial Center (DIFC), um distrito financeiro nos Emirados Árabes Unidos, fornece uma prévia da estrutura institucional e de governança do Gulf Central Bank. A previsão é de que o banco comece a operar em 2009 para preparar o terreno à introdução da moeda única do GCC.
Embora analistas acreditem que a moeda não será implementada dentro do prazo, o relatório afirma que a unificação da moeda em 2010 ainda é factível, e "depende em grande parte de vontade política".
Citando o relatório, o economista chefe da DIFC, Nasser Saidi, disse que o GCB deverá ser administrado por um conselho executivo. Também está prevista a criação de um Comitê de Política Monetária, que vai incluir os membros do conselho executivo, bem como diretores dos bancos centrais e autoridades financeiras dos países membros. O comitê será responsável pela maior parte das decisões do novo banco.
"O conselho teria 20% dos direitos a voto, cabendo os demais 80% aos diretores dos bancos centrais nacionais", disse Al Shaali.
O economista afirmou também que a criação de uma moeda única e de uma instituição supra-nacional possibilitaria ao GCC combater a inflação por meio de uma política monetária independente.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

