São Paulo – A capacidade de produção de fertilizantes do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) vai crescer 47% até 2018 e chegar a 46,4 milhões de toneladas, de acordo com reportagem da Qatar News Agency. Para alcançar tal avanço, os países do bloco vão investir US$ 10 bilhões no setor, segundo estimativas da Associação de Petroquímicos e Químicos do Golfo (GPCA, na sigla em inglês).
Em 2012, segundo a GPCA, a produção de fertilizantes do GCC foi de 31,4 milhões de toneladas. O grupo é formado por Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã.
O fortalecimento da indústria de fertilizantes vem a reboque da produção de gás. A demanda por gás cresce em toda a região, pois o produto é utilizado na geração de eletricidade. Emirados e Omã têm grandes contratos de importação de gás natural liquefeito (GNL) para o desenvolvimento de setores industriais. O setor ganha força também no Catar e na Arábia Saudita. Do gás natural é produzida a amônia, um dos principais insumos para a produção de fertilizantes.
Segundo a GPCA, a demanda global por fertilizantes deve crescer 1,8% ao ano após 2017. Para a organização, terá grande importância para o mercado a sustentabilidade dos fabricantes de fertilizantes. Assim, muitos fabricantes da região desenvolvem projetos de sequestro de gás carbônico e de redução do consumo de água nos processos industriais.
A produção de fertilizantes no GCC, segundo a GPCA, oferece baixos custos, mas o setor deve continuar a investir em melhorias para manter a competitividade.
Importações brasileiras
Entre janeiro e setembro de 2013, os adubos e fertilizantes ficaram em segundo lugar na pauta de importações brasileiras de produtos do GCC, atrás apenas do petróleo e seus derivados. O País comprou o equivalente a US$ 337 milhões, o que corresponde a 786 mil toneladas, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
No período, o Brasil comprou do mundo um total de US$ 6,7 bilhões em fertilizantes. Os principais fornecedores foram Rússia, Canadá, Marrocos, Estados Unidos e Alemanha. O primeiro membro do GCC a figurar na lista é o Catar, que vendeu ao País o equivalente a US$ 272 milhões.
*Com tradução de Mark Ament


