São Paulo – O Marrocos priorizou valores humanos e sociais ao enfrentar a crise da covid-19. Foi esse o recado que deu o chefe de gabinete do Ministério da Indústria, Investimento, Comércio e Economia Verde e Digital do Marrocos, Ryad Mezzour (foto acima), na abertura do último dia do Fórum Econômico Brasil & Países Árabes, cujo debate tratou da relevância da governança ambiental, social e corporativa (ESG) no contexto atual. O fórum é organizado pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
Mezzour contou como o governo do seu país aplica a governança. Ele relatou que na pandemia foi priorizada a saúde dos marroquinos e houve ajuda do governo ao setor produtivo para garantir empregos e o financiamento dos mercados, entre outras iniciativas e mecanismos. “Provamos que podemos enfrentar desafios e vencê-los”, disse.
Segundo Mezzour, o Marrocos ofereceu ajuda a 15 países na crise da covid-19. “Preservar valores humanos e sociais pode não ser entendido por todos”, falou. O chefe de gabinete também contou sobre os investimentos em energia sustentável do Marrocos. De acordo com ele, priorizar os valores como os da ESG ajudou a enfrentar o desafio da pandemia.
O vice-presidente Administrativo da Câmara Árabe, Mohamed Orra Mourad, abriu o dia com uma visão global sobre a ESG no cenário atual. Segundo ele, o consumidor deixou de buscar apenas produtos bons, bonitos e baratos e está atendo às políticas das empresas em relação ao meio ambiente, impactos na mudança climática e sustentabilidade.
“Atualmente, a decisão de comprar um produto ou investir é mais complexa e leva em conta critérios de responsabilidade”, disse. Segundo Mourad, essas preocupações estão no cotidiano do consumidor moderno brasileiro e árabe. “Nos países do Golfo Arábico, o consumidor médio tem padrões de exigência semelhantes aos do europeu”, afirmou.
A tunisiana Jihan Ben Romdhane, vice-presidente da Agência de Promoção de Investimentos Estrangeiros na Tunísia (Fipa), apresentou o seu país como um bom destino para investimentos internacionais. Ela citou os acordos de livre comércio que a Tunísia tem na África e Europa, o alto nível educacional local, e as inovações em pesquisa, a estrutura jurídica, entre outros. Segundo ela, a Tunísia é a terceira economia mais inovadora na África e tem 3.600 empresas estrangeiras instaladas.
O fórum é promovido pela Câmara Árabe com a parceira da União das Câmaras Árabes e Liga Árabe. A apresentação na plenária é da jornalista Renata Maron. Também ocorre exposição de empresas e marcas de forma paralela aos debates.
Acompanhe cobertura completa do fórum no site da ANBA.